Sobre Hildegard Angel

colunadahilde@gmail.com Hildegard Angel é uma das mais respeitadas jornalistas do Rio de Janeiro. Durante mais de 30 anos foi colunista no jornal O Globo, quer cobrindo a sociedade (com seu nome e também com o pseudônimo Perla Sigaud), quer cobrindo comportamento, artes e TV, tendo assinado por mais de uma década a primeira coluna de TV daquele jornal. Nos últimos anos, manteve uma coluna diária no Jornal do Brasil, onde também criou e editou um caderno semanal à sua imagem e semelhança, o Caderno H. Com passagem pelas publicações das grandes editoras brasileiras - Bloch, Três, Abril, Carta, Rio Gráfica - e colaborações também em veículos internacionais, Hildegard talvez seja a colunista social com maior trânsito

FRAGOSO, A QUINTESSÊNCIA DA ELEGÂNCIA

Rafael Fragoso Pires recebe amanhã na sofisticada Fragoso, 10, Anibal de Mendonça, em Ipanema, para o lançamento 2014 de suas marcas de acessórios Fragoso e AD.

Vai ser amanhã, a partir das 18 horas. Os amigos nem vão precisar caminhar muito, é ali pertinho do Country Club, alguns passos apenas.

Rafael, o Fafa, é considerado pelos que o conhecem a quintessência da elegância e do bom gosto pessoal, na aparência e nas atitudes. Nele, as duas coisas se complementam. O que não é tão comum. Via de regra, vemos uns com muito de uma e faltando um bocadão da outra, e vice versa.

Seus acessórios não têm erro, são clássicos, bonitos e de grande qualidade. E agora há também a linha de objetos para casa. Tudo isso apresentado naquele cenário criado pela arquiteta Márcia Müller, autora do projeto da loja, dos mais elogiados de Ipanema desde sua abertura.

foto[7]Rafael inspira-se no universo do hipismo, que frequenta desde que veio ao mundo, para criar as linhas de sua marca Fragoso

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JOIA BRASIL: A MAIS IMPORTANTE VITRINE PARA A JOIA AUTORAL NO PAÍS

Anna Clara Herrmann é bem mais do que uma empresária de feiras comerciais, é uma promotora cultural.

Com a obstinação de um agente revelador de talentos, a cada edição de seu Joia Brasil, sai em busca de novos valores e sempre nos surpreende positivamente.

Faz isso com a sofreguidão de uma caça talentos, a paixão de uma art collector da joalheria, quase que como uma matriarca protetora das artes exercendo seu mecenato.

Todos da moda (e também os do comércio) sabem que neste Brasil atual das porteiras abertas, desigual para os que produzem aqui, ter marca de joia própria é praticamente um delírio artístico.

Com o mercado da joalheria nacional invadido por joias importadas aos montes de feiras internacionais, é ato de extrema coragem de Anna Clara insistir no Joia Brasil, propondo e lançando valores criativos brasileiros, com suas peças únicas. É praticamente um sonho, um requinte, uma delicada utopia.

Por isso, não deixo de prestigiar o trabalho dessa jovem mulher de fibra, que não abre mão de seu ideal de expor a arte brasileira da ourivesaria, com as nossas pedras e nossos metais preciosos, de promover nosso design autoral, mesmo que isso possa até lhe valer mais aplausos e reportagens do que o fundamental retorno financeiro que move o mundo (às vezes penso que a coisa com ela possa rolar assim).

Mas, afinal, quem disse que o mundo também não é movido por sonhos?

Hoje está acontecendo no Hotel Fasano o Joia Brasil. Começou ao meio-dia, com exposição, coquetel, almoço, e prossegue por toda a tarde, estendendo-se talvez pela noite. Nas vitrines, dispostas com elegância, no Bar Baretto, o que há de belo e instigante nas joias nossas. Nomes novos e nomes consagrados, como a hors concours Sara, com só peças de brilhantes na uma vitrine dedicada ao personagem de Viviane Pasmanter da novela Em família. A milionária poderosa vai se cobrir com elas. Faiscam tanto que recomendo óculos escuros. São lindas.

Carla Buaiz é uma grande revelação. Capixaba de talento instigante, da mesma cepa de sua conterrânea Sueli Chieppe, que foi revelada num dos primeiros Joia Brasil, no MAM.

Carla traz uma linha puxada para o Art Déco, diferente de tudo que se vê por aí. As peças  mais inspiradoras são os brincos celebrando o Arpoador, que misturam conchinhas e brilhantes. Classe e requinte.   carla 3

Brincos de Carla Buaiz: pérolas negras, conchas, brilhantes e as ondas do Arpoador em topázios cor de rosa

 

UM ESCRITOR DE FATO INGRESSA HOJE NA ABL! E O PRÓXIMO IMORTAL PODERÁ SER… GILBERTO GIL!

Nesta quarta, 9, a posse do romancista baiano Antonio Torres na Cadeira 23 da Academia Brasileira de Letras, sucedendo ao acadêmico Luiz Paulo Horta, morto ano passado. A imortal Nélida Piñon fará o discurso de recepção do novo imortal, que já recebeu o Prêmio Machado de Assis da ABL pelo conjunto de sua obra e foi um dos ganhadores do Prêmio Jabuti de 2007 com o romance Pelo fundo da agulha.

Com cenários rurais, urbanos e da História, os livros de Antonio Torres têm merecido repetidas edições no Brasil, além de traduções em Argentina, Cuba, Estados Unidos, França, Espanha, Alemanha, Itália, Holanda, Inglaterra e Israel.

É alentador ver o ingresso de um escritor de fato numa academia de letras. A nossa ABL.

Por falar em imortalidades, perguntei à acadêmica Nélida Piñon quais seriam os eventuais “noivos” candidatos a subir ao altar da Casa de Machado de Assis na próxima primeira oportunidade. Com um ar malicioso, ela deixou escapar que melhor informante do assunto seria seu cãozinho. Pois é quando começam a escrever poesias e dedicatórias “ao Gravetinho”, que ela percebe a segunda intenção do autor pretendente.

Outro dia, no entanto, chegou em casa um cartão “ao Esqueletinho”. Distração sem qualquer prejuízo à imortalidade do autor, pois a remetente era, ainda bem, mulher de um acadêmico já sagrado, fardado e emplumado, o Tarcísio Padilha.

Nélida por fim, e depois de muita insistência, revelou que a mais mais nova poesia dedicada “ao Gravetinho” traz a assinatura de Gilberto Gil, hummmmm…

UMA QUARTA-FEIRA JOIA… BRASIL!

Nesta quarta Anna Clara Herrmann recebe, no Baretto Londra do Hotel Fasano, para a 15ª edição do seu Joia Brasil, que já percorreu Paris, Londres, Los Angeles, Las Vegas, Palm Beach e Toronto. É uma lutadora. Só quem lida com essa área tão segmentada e restrita do mercado do luxo sabe como ela pode ser difícil.

Desta vez, são 13 expositores, participantes de Brasília, Niterói, São Paulo e Espanha. Há joias lindas homenageando o Dia das Mães e a Copa do Mundo, além de uma apresentação especial das joias do acervo de Zuzu Angel.

Ao meio-dia tem almoço privé no restaurante Fasano Al Mare comemorando o evento.

 

MAURÍCIO MATTAR: 50 DE IDADE, 20 DE CANTORIA E DE AMIGOS EU PERDI A CONTA

Cinco décadas de Maurício Mattar e a festa foi grande no Play Rec Studios, na Barra, ao lado de Zezé Di Camargo, Arlindo Cruz, Sandra de Sá, Toni Garrido, Paulinho Moska e Carlinhos de Jesus.

Sem esquecer a ex-mulher Elba Ramalho e o filho, Luã, além da atual namorada do Mattar, Bianca Muller, que além de bonita é simpática, conforme constatei quando foram me visitar em meu camarote no Baile do Copa.

O ator aproveitou para festejar também os 20 anos de sua carreira como cantor e gravou um DVD com direção de Roberto Talma. No mesmo dia, tudo junto e misturado. Haja fôlego!

Maurício-Mauricio Matar e Bianca Muller - 0009Maurício Mattar e sua atual mulher, Bianca Muller

Maurício-Luã  Mauricio e Elba - Foto Alle Vidal 056

Maurício Mattar com o filho Luã e a ex-mulher Elba Ramalho

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Jorge Vercillo

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Arlindo Cruz, que estava semana passada, com a família toda, e mais o conjunto, em São Paulo, no mesmo hotel em que eu estava com a equipe do Instituto Zuzu Angel para a abertura da Ocupação Zuzu no Itaú Cultural

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Alexandre Pires e Carlinhos de Jesus

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Luiz Fernando Coutinho e Liège Monteiro

Maurício-Paulinho Moska - 0038Paulinho Moska

Maurício-Sandra de Sá -  0055Sandra de Sá

Maurício-Toni Garrido -  0062Toni Garrido

Maurício-Zezé e Alexandre Pires -  0004-1Zezé Di Camargo e Alexandre Pires

Maurício-Flávia Gracie e Kyra Gracie - 0073

Flávia e Kyra Gracie

Fotos de Alle Vidal

A MODA ITALIANA NA ARQUITETURA FRANCESA DE PORTZAMPARC

Na Cidade das Artes o frisson de ontem ficou por conta do coquetel de abertura da exposição Italian Glamour, que vai até 6 de julho, entrada gratuita, apresentando um panorama da moda italiana nos últimos 70 anos.

São 130 itens de grandes criadores – Valentino, Versace e Armani e mais – entre elas peças originais usadas por Ava Gardner, Audrey Hepburn e Gina Lollobrigida.

Donos do acervo com mais de seis mil itens, os empresários italianos Paolo Tinarelli e Enrico Quinto assinam a cuidadosa curadoria da mostra, apresentada de forma cenográfica, tirando partido da bela arquitetura do francês Christian de Portzamparc, obedecendo a concepção talentosa da artista Daniela Thomas.

Mais um ótimo motivo, entre tantas outras boas novidades, para se atravessar o Túnel Zuzu Angel e desbravar as delícias que a Barra da Tijuca tem a oferecer.

Expo-DSC_1535 Emilio Kalil    Bethy Lagardère   Enrico Quinto e Paolo TinarelliEmilio Kalil, diretor da Cidade das Artes, a fashion addicted Bethy Lagardère e os curadores colecionadores Enrico Quinto e Paolo Tinarelli

Expo-DSC_1518 Laís Gothier e Emilío  KalilA elegante Laís Gouthier e Emilio Kalil

Expo-DSC_1540 Maria Pfisterer Cookie Richers  e Cristin MacdonaldMaria Pfisterer, Coolie Richers e Cristin MacDonalds

zizi ribeiroA produtora de moda Zizi Ribeiro

Expo-DSC_1631 Vera Bocayuva  Dalal Achcar  Harilda Larragoiti  Rachel KingsburyVera Bocayuva, Dalal Achcar, Harilda Larragoiti e Rachel Kingsbury

Expo-DSC_1625 Pedro Guimarães Nando Grabowsky  Tininha Machado  e Eduardo Kaiser

Pedro Guimarães, Nando Grabowsky, Tininha Machado Coelho e Eduardo Kaiser

Expo-DSC_1621 Roberto Caballero e Dalal Achcar

Roberto Caballero e dame Dalal Achcar

Expo-DSC_1495  Erica Andrade e Robson Outeiro

Érica Andrade e Robson Outeiro

Expo-DSC_1593 Julia Serrado e Andre Midani

Julia Serrado e André Midani

Expo-DSC_1568 Cristina Borges  Andre e Gilda Midani

Cristina Borges, André e Gilda Midani

Expo-DSC_1483  - Abertura da Exposição ITALIAN GLAMOURA moda italiana se expande nos espaços de Portzamparc

Expo-DSC_1482  - Abertura da Exposição ITALIAN GLAMOURA bela disposição dos vestidos, em manequins ou suspensos por cabos, como marionetes, na concepção de Daniela Thomas

Expo-DSC_1478  - Abertura da Exposição ITALIAN GLAMOUR

Expo-DSC_1477  - Abertura da Exposição ITALIAN GLAMOURSão 130 peças expostas, distribuídas em grupos temáticos: Moda Boutique, Prêt-à-Porter, Pretino, Hollywood às Margens do Tevere, Alta Moda Romana (subdividida em Anos 60, Double Face, Tecidos e Estamparias).

Fotos de Cristina Granato

AS FESTAS DOS SERPA SÃO ALEGRES, AMIGAS E IMPERDÍVEIS

Eram 72 – idade do aniversariante – os convidados no jantar do aniversário de Carlos Alberto Serpa, ontem, no Paris Gastrô, na Casa Julieta de Serpa, com direito ao show do cantor Dover Manifold, interpretando hits de Nat King Cole, Louis Armstrong e outros americanos (Dover tem dupla nacionalidade, Brasil e América), donos de vozes excepcionais, como a dele também é.

Serpa e Beth não resistiram e saíram bailando, seguidos por Maria José e Ronaldo Cavalheiro, e assim seguiu a festa, até duas da madrugada.

Nem todos dançaram, mas um item foi unanimidade: as festas dos Serpa são alegres, amigas e absolutamente imperdíveis.

Serpa-Beh e Carlos Serpa

Beth e Carlos Alberto Serpa no “dois pra lá, dois pra cá”

Serpa-Beth Serpa com Mylene e Chico PeltierBeth Serpa com Mylene e Chico Peltier

Serpa-Carla Odorizzi   Fernando Portari e Belita TamoyoCarla Odorizzi, Fernando Portari e Belita Tamoyo

Serpa-Célia e Walter MoraesMaria Célia e Walter Moraes

Serpa-dança 1 Maria e Ronaldo Cavalheiro.jpg1Maria José e Ronaldo Cavalheiro

Serpa-dança.jpg3-Liège eLiège Monteiro e Luiz Fernando Coutinho preparando-se para o grande baile do príncipe Albert, em Mônaco

Serpa-Francis Bogossian  Jair e Mariza Coser e  HildeFrancis Bogossian, Jair e Mariza Coser e Hildegard Angel

Serpa-Gisela Amaral   Beth Guimarães   Mylene Peltier  Eliana Moura e Maninha BarbosaGisella Amaral, Beth Pinto Guimarães, Mylene Peltier, Eliana Moura e Maninha Barbosa

Serpa-as irmãs Leticia Migani   Beth Serpa e Margareth Padilha

As irmãs Leticia Migani, Beth Serpa e Margareth Padilha

Serpa-Antenor Barros Leal  e Marcio Fortes

Antenor Barros Leal e Márcio Fortes

Serpa-Angelique Chartouny entre Margareth Padilha e Mariza Coser

Margareth Padilha, Angélique Chartouny e Mariza Coser

Serpa-Alda Soares

Alda Soares

Serpa- Heckel VerriHeckel Verri

Serpa-Maria Alice PinhoMaria Alice de Araújo Pinho

Serpa-Mariza e Jair CoserMariza e Jair Coser

Serpa-Miguel e Regina PadilhaMiguel e Regina Padilha

Serpa-Parabéns.jpg5O ‘parabéns’

Serpa-Paula Paes e Eliana MouraPaula Paes e Eliana Moura

Serpa-Paulo e Renata FragaPaulo e Renata Fraga

Serpa-Ricardo e Monica FariaRicardo e Monica Faria

Serpa-Roberto e Leticia MiganiRoberto e Leticia Migani

Serpa-Roberto Halbouti e Nélida PiñonRoberto Halbouti e Nélida Piñon

Serpa-Terezinha Pittigliani   Roberto Halbouti   Nélida Piñon  Eduardo Bakr   Tadeu Aguiar e Carlos SerpaTerezinha Pittigliani, Roberto Halbouti, Nélida Piñon, Eduardo Bakr, Serpa e Tadeu Aguiar

Fotos de Marcelo Borgongino

 

O NIVER DO ROBERTO HALBOUTI

Encontro de personalidades artísticas e literárias ontem na Casa de Cultura Julieta de Serpa.

O chá das 5 da tarde, com coquetel a partir das quatro, reuniu uma seleção pensante,

falante e charmante.

Christiane Torloni, Jacqueline Laurence, Nélida Piñon, Ana Cristina Reis, Arnaldo Niskier, Geraldo Matheus, Carlos Alberto Serpa, Fred Sill, Luiz Carlos Ritter, entre os que celebravam o aniversário do advogado Roberto Halbouti.

Ao som do piano, as conversas seguiram noite adentro, e o que não faltou foi assunto palpitante, não fosse o aniversariante um causeur sem limites, com histórias maravilhosas e incontáveis, guardadas no bolso interno de sua privilegiada memória.

Halbouti-Christiane TorloniChristiane Torloni

Halbouti-Christiane Torloni   Marilia  Araujo e Sandra Pera

Christiane Torloni, Marilia Araújo e Sandra Pera

Halbouti-Nélida Piñon  Roberto Halbouti e Hildegard Angel

Nélida Piñon, Roberto Halbouti e Hildegard Angel

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Carlos Alberto Serpa e Jacqueline Laurence

Halbouti-Carlos Carneiro e Bethy Lagardère

Carlos Carneiro e Bethy Lagardère, que chegou en retard devido a um “embouteillage terrível”, e se você não sabe o que é, o Google está aí pra isso  😉

Halbouti-Beth Serpa  Myrian Dauelsberg e Belita Tamoyo

Beth Serpa, Myrian Dauelsberg e Belita Tamoyo

Halbouti-Beth Lagardère e Beth Serpa

Bethy Lagardère e Beth Serpa

Halbouti-Belita Tamoyo e Heckel Verri

Belita Tamoyo e Heckel Verri

Halbouti-Arnaldo e Ruth Niskier e Carlos e Beth Serpa

Arnaldo e Ruth Niskier e Carlos Alberto e Beth Serpa

Halbouti-David Szpacenkof  Tania Brandão e  Roberto Halbouti

David Szpacenkof, Tania Brandão e Roberto Halbouti

Halbouti-Geraldo Matheus  Christiane Torloni e Monah DelacyChristiane Torloni com seus pais, Geraldo Matheus e Monah Delacy

Halbouti-Jimmy Anderson  Fernando Fiuza  Roberto Halbouti e Hildegard AngelJimmy Anderson, Fernando Fiúza, Roberto Halbouti e Hildegard Angel

Halbouti-Miriam GagliardiMiriam Gagliardi

Halbouti-parabénsHora do bolo

Halbouti-Peter Reeves e Vilma Guimarães RosaPeter Reeves e Vilma Guimarães Rosa

Halbouti-Angelique Chartouny e Carlos Alberto Serpa

Angélique Chartouny e Carlos Alberto Serpa

Halbouti-Ana Cristina Reis e Paulo Arguelles

Ana Cristina Reis e Paulo Arguelles

Halbouti-Alice Silveira e Marco Rodrigues

Alicinha Silveira e Marco Rodrigues

Halbouti-pianista de casaca- Kuko Moura.jpg1O pianista Kuko Moura

Halbouti-Fred Hanson  Tadeu Aguiar  Eduardo Baker e Marcelo Delcima

Fred Hanson, Tadeu Aguiar, Eduardo Bakr e Marcelo Delcima

Halbouti-salão D`or.jpg1O magnífico Salão D’Or da Julieta

Fotos de Marcelo Borgongino

 

SAMBA, TUMINHA, BOBÓ E REPUTAÇÕES

O editor José Mário Pereira não poderia estar mais feliz, exultante mesmo, por ter dado voz ao Romeu Tuma Junior. Seu livro “Assassinato de reputações” alcançou na semana passada a marca dos 100 mil exemplares vendidos…

Ninguém melhor do que Tuminha para saber o desconforto de ter a reputação alvejada, como aconteceu com ele, presidente do Conselho Nacional de Combate à Pirataria do governo Lula, quando foram levantadas desconfianças sobre suas ligações pessoais com o contrabandista chefe da máfia chinesa no Brasil, Li Kwok Ken. Ele foi inocentado nos inquéritos…

Por falar em Tuminha, foi das mais ecléticas a turminha que sambou no sábado, de uma da tarde às 10 da noite, na cobertura do Recreio de Alicinha Silveira, celebrando o niver do amado dela, Marco Rodrigues: Leda Nagle, Jorge Salomão, Tania Caldas, Lygia Azevedo, Chico Vartulli, James Castro Barbosa, Fátima Martins, Ana Tamoyo, Luis Xavier, Aboim e Marcelo Itagiba, devidamente calibrados pela pimenta do bobó de camarão e o batuque do grupo Cartola…

O imortal João de Scatimburgo, ao mortalizar-se, deixou como legado ao MASP pinacoteca fabulosa, que agora encanta aos curadores do museu. Obras do espanhol Corrales e outros mestres históricos e de grande reputação…

Abaixo, flashes do almoço da Alicinha para Marco Rodrigues

Alicinha-Marco Rodrigues e Jorge Salomão

Marco Rodrigues e Jorge Salomão

Alicinha-Cintia Tenório   Paulo Roberto Barragat e Camila PereiraCintia Tenório, Paulo Roberto Barragat e Camila Pereira

Alicinha-Claudio e Cristina AboimClaudio e Cristina Aboim

Alicinha-James Castro BarbosaJames Castro Barbosa

Alicinha-Leda Nagle  Márcia Veríssimo  Alexandre Ibitinga de Barros   Alicinha Silveira e Romy Di VittiLeda Nagle, Márcia Veríssimo, Alexandre Ibitinga, Alicinha Silvleira e Romy Di Vitti

Alicinha-Márcia Veríssimo e Lígia AzevedoMárcia Veríssimo e Lygia Azevedo

Alicinha-Marco Rodrigues   Jane Figueiredo   Jorge Salomão e Chico VartulliMarco Rodrigues, Jane Figueiredo, Jorge Salomão e Chico Vartulli

Alicinha-Alicinha Silveira e Zeniti Barreto Paes Leme

Alicinha Silveira e Zeniti Barreto

Alicinha-Wagner Menezes   Bete Suzano   Marco Rodrigues e Gustavo GonçalvesWagner Menezes, Beth Suzano, Marco Rodrigues e Gustavo Gonçalves

Fotos de Julio Pereira

O JOSÉ WILKER QUE EU CONHECI DE PERTO

Todos estão no noticiário da televisão falando de José Wilker.

Wilker era muito talentoso e extremamente inteligente. O que emocionava nele era justamente o seu talento. Mas não era uma pessoa de se expor a todos que conhecia. De abrir sua alma, seu coração. Não era um emotivo.

Os que vejo falarem com mais propriedade sobre o ator são os veteranos. E quando a repórter pede histórias pessoais, Eva Wilma, a rainha da sensibilidade, lembrou-se dos livros de poesia que ele levava e distribuía ao elenco em que atuaram.

Wilker era um homem reservado de alma. Trabalhamos juntos antes de ele debutar na TV. Tinha chegado do Ceará e já despontava como o mais brilhante ator de sua geração no Rio de Janeiro, depois de seu extraordinário desempenho em O arquiteto e o Imperador da Assíria, no Teatro Ipanema, de Ivan de Albuquerque e Rubens Corrêa, que lhes abriram a porta dos palcos nacionais, do estrelato e até da casa, pois morava num apartamento de Rubens.

O ano era 1971. A peça era A Mãe, de Stanisław Ignacy Witkiewicz, e, para dirigi-la, a produtora e protagonista do espetáculo, Tereza Rachel, importou o maior diretor da época na França, Claude Régy, que assinou a montagem no Théâtre Récamier, em Paris, assistida por Tereza com Madeleine Renaud no papel título.

Wilker foi convidado para protagonista masculino, o “filho da mãe”. Para o terceiro principal papel da peça, a noiva de Wilker, vivida na montagem francesa por Delphine Seyrig, foram abertos testes. Candidataram-se todas as jovens atrizes de 20 anos do país. Tive a sorte de ser a escolhida.

Grande elenco, grande experiência, grandes amigos. Foi também a estreia no Rio de Janeiro de Aderbal Freire como ator, hoje um grande diretor.

Tivemos todos um contato muito próximo. Foram meses de ensaios intensos. Naqueles anos, os ensaios estendiam-se por quatro, cinco, às vezes seis meses.

Ensaiávamos no clube judaico da Rua das Laranjeiras, Wilker costumava beber antes do ensaio. Nos intervalos. E depois. Acho que para encarar o diretor francês, nada fácil. Fase da pobreza, a pedida do ator era conhaque Dreher. Chegava, pedia um cálice no bar do clube e virava num gole.

Wilker gostava de falar por metáforas, hipérboles, parábolas. Inteligentíssimo e complicadíssimo. Antes que o diretor o confundisse, ele, que não falava francês, o pôs no bolso.

Jogava um charme louco sobre Claude, que acabou literalmente apaixonado pelo ator, que lhe escorria entre os dedos, num jogo de sedução de gato e rato, de ironia, o que não passava, eu acho, de uma estratégia de Wilker para desempenhar seu personagem sem ser desestabilizado pelo diretor.

Bom que se saiba que, através de sua técnica angustiada e angustiante de direção, Claude Régy levou Tereza Rachel praticamente ao paroxismo de desespero.

No final, o diretor jogou-nos as duas no chão do palco, esfomeadas, comendo macarrão frio catado no piso, descabeladas, envergonhadas, sem blusa, irreconhecíveis, com os rostos cobertos por máscaras brancas.

Apenas Wilker se salvava em cena. Belíssimo, de malha preta, corpo de toureiro, make up de Nureiev. Ah, Wilker sabido!

Ali aprendi uma lição: José Wilker era um sobrevivente em qualquer circunstância – da aridez nordestina à angústia de um diretor, que não conseguia transmitir o que pretendia a um elenco em que poucos entendiam o idioma que ele falava.

O espetáculo era lindo. Os cenário e figurinos de Joel de Carvalho, maravilhosos. A direção, muito elogiada. Nossos desempenhos, idem. Mas, quanto sofrimento!

Wilker, o inteligentíssimo Wilker, o extra-talentoso, que entendia das manhas dos artistas manhosos, manteve-se blindado e indestrutível, esteve hors concours em cena!

Acho que foi o único ator no mundo que conseguiu dar a volta no diretor francês com sua tática de desestabilização, que levou algumas atrizes famosas aos consultórios de psicanálise.

Naqueles anos, o carisma de um grande ator não era o Ter. Era o Ser.  José Wilker exercia com mérito o carisma da sua real pobreza. Vestia a emblemática e surrada roupa caqui, meio à la Guevara. A pé, peregrinava sua legítima falta de dinheiro pela noite boêmia teatral, do Leme à Galeria Menescal, em Copacabana, e depois até Ipanema. Ou de ônibus.  Ah, como era bonito ser artista pobre e revolucionário!

Era namorador. Comentava-se dele que as namoradas no mundo artístico eram passageiras, pois cortejava mítica noiva secreta, em casa de quem almoçava nos fins de semana, mesa posta, aliança no dedo direito, família em volta, pequena burguesia. Diziam que, com ela, e só com ela, Wilker iria um dia se casar.

E assim foi seu primeiro casamento, com a noiva psicóloga, alheia ao mundo artístico.

Isso só conto para ilustrar que havia dois José Wilker. Aquele impulsivo, transgressor, iconoclasta, revolucionário, que falava bonito, quase discursando. Aquele pequeno burguês, com ambições de prosperidade.

Os dois José Wilker se fundiram, a partir de seu ingresso na televisão, que lhe deu a oportunidade e o palco para ser plenamente talentoso e se tornar um ator famoso nacionalmente, constituir família – algumas famílias – ter as casas amplas, com todas as estantes para todos os seus livros, fazer todos os grandes personagens que sempre quis, ser múltiplo, preocupar-se com a memória das nossas artes audiovisuais.

Já famoso, eu colunista escrevendo sobre TV, publiquei alguma incorreção o envolvendo. Em vez de me interpelar por telefone, pois nos conhecíamos bem, escreveu-me uma carta delicada. Fiz o reparo, assumindo o meu erro com ênfase.

Revolucionário em sua perspectiva da memória artística. Ordinário em suas ambições humanas de conforto, família.

Não foi um qualquer. Antes de tudo, um reflexivo. Preocupou-se com a pesquisa das artes.

Se eu fosse a Globo, catalogava sua biblioteca, sua videoteca, a discoteca, e lhes dava um nobre destino, para consulta orientada e franqueada. Realizava o último sonho do José Wilker.