Quando o governo do Brasil impede a busca dos ossos dos desaparecidos políticos, ele evidencia que ainda há muitos mais mortos a serem encontrados. Ninguém melhor para saber quantos eles são, e onde estão, do que aqueles que enterraram os cadáveres.
O presidente, que aprova as torturas e achou poucos os assassinatos na ditadura, é contraditório quando impede a procura dessas ossadas. Afinal, seria a oportunidade, a cada esqueleto achado, de ele demonstrar sua alegria, armar palanque, providenciar salva de tiros, reger banda de música e bater continência para eventuais autoridades estrangeiras.
Festejos sinistros de um dirigente para quem procurar osso é coisa de cachorro e mais 30 mil brasileiros deveriam ter sido eliminados. Hoje haveria mais 30 mil mães sem túmulo para chorar, mais 30 mil famílias à procura dos restos de seus entes amados.
A crueldade pelo menos não impede os cachorros de procurarem os ossos dos seus. Afinal, cachorros são filhos de Deus.
Hildegard Angel
Ninguém pode dizer que não sabia em quem está votando. Sabia sim. A boçalidade do inominável é conhecida há muito tempo.
HILDE,
Apenas, um lembrete, que no meu ponto de vista, é razoável:
“SENHOR, LIVRAI-ME DE ALGUNS AMIGOS!
PORQUE OS INIMIGOS SEI QUEM SÃO!”
SALVE!
maria edna cesar arcoverde cals
Estou com 70. Não me lembro de termos governo pior que este durante minha vida.
Olá Hilde, muito triste o que estamos vivendo… Não imaginei que o Brasil poderia retroceder tanto assim depois de conquistas democráticas que custaram tanto sangue e lagrimas.
A proposito, vc vai voltar a escrever no JB? Sentimos muito sua falta lá. Bjs carinhosos.