Ah, a vida sem amizade, coisa mais sem graça seria. Vocês hão de concordar que nada há de mais confortador do que se estar cercado de quem se gosta e de quem nos gosta, respirar estimas, aconchegar-se em energias boas. Assim foi o jantar, na noite de ontem, no Cipriani recém-redecorado, tudo orquestrado por uma incomparável anfitriã, Beth Winston. Há seis anos ela se multiplica em cuidados para fazer deste jantar, que se tornou tradição, o mais inspirador de todos. Surpreendentemente, a cada ano ela consegue fazer ainda melhor. Se é que dá pra comparar os diversos jantares já realizados. Todos igualmente encantadores. O elenco é fixo, com pequenas, sutis variações, que só acrescentam mais charme ao evento. O champagne também é sempre o mesmo: Don Pérignon. E a accessibilidade é condição sine qua non para a escolha do local, pois a bem-amada Carmen Mayrink Veiga é presença obrigatória, a bordo de sua chaise roulante. Joias muito bonitas, mulheres elegantíssimas (homens também), homens importantes e realizadores (mulheres também), conversas ótimas e atualizadas. Menu cuidadosamente escolhido por Beth, começando por queijo Taleggio em crosta de gergelim perfumado em trufa negra, sucedido por risotto cremoso de cogumelos selvagens. Em seguida, involtino de vitela ao molho de vinho do Porto com taglierini verde gratinado – a massa que é um clássico obrigatório do Cipriani. Au dessert, semifreddo de limão siciliano em calda de limoncello. Para arrematar, o bolo, com esta Hildezinha que vos escreve clonada e aboletada no topo, à mesa de seu laptop e com seu par de óculos, naturalmente. A surpresa foram os parabéns também para outro aniversariante da primavera, Helcius Pitanguy, que inaugura suas cinco décadas na próxima segunda-feira. Ah, teve discurso, claro. Que a diva Christiane Torloni, à mesa, definiu como “saído do coração”. Uma noite como poucas, by appointment de la Winston…
Fotos de Sebastião Marinho