Maria Clara Tapajós é reservada e séria em tudo que faz. Por isso, suas amizades, quando são, são de verdade. Passam-se os anos, décadas até, e os grandes amigos permanecem os mesmos, sem sequer um cisquinho de motivo para reclamar dela. Depois de ter vendido seu Hotel Glória para o Eike Batista, ela encerrou aquela etapa hoteleira de sua vida publicando um belíssimo livro sobre o hotel, rendendo o merecido tributo ao marido saudoso, Eduardo Tapajós, e a partir daí começou a viver sua nova vida. Mudou-se para um dos apartamentos mais bonitos e bem situados do Rio, um duplex enorme, em prédio novo, construído onde antes havia a casa mais linda da Lagoa Rodrigo de Freitas, a casa rosa de Regina Lúcia Bittencourt Sampaio. Ali, com a ajuda do decorador Ovídio Cavalleiro, instalou toda a sua coleção de peças de arte, mobiliário antigo, tapetes, quadros, criando um ambiente sofisticadíssimo que é a cara dela. No andar da cobertura, um terraço magnífico, com 360º de vista. De frente para a Lagoa, dá a impressão de abraçá-la inteira e de que bastaria instalar ali na sacada um trampolim e se poderia mergulhar nela. À esquerda, a visão do “presépio” da Rocinha. À direita, o Cristo Redentor, que parece estar sobrevoando a cidade com essa sua nova iluminação branco total. E atrás a mata virgem e vigorosa do Morro da Catacumba, que Maria Clara, ela mesma, fez o favor de iluminar com holofotes âmbar e ficou bonito demais…
Nesse cenário inacreditável, Maria Clara Tapajós tem homenageado, uma por uma, suas grandes amigas. Primeiro, foi o jantar de aniversário de Maria Raquel de Carvalho. Depois, o happy birthday de Suzette Dourado. E ontem foi a vez de Belita Tamoyo ser celebrada com um jantar de alta gastronomia, música ao vivo e os baldes de gelo de prata lotados com a borbulhante e geladíssima Moet et Chandon. Mas os carinhos de Clara à Belita não pararam por aí. Ela contratou, como chef da noite, que reuniu 70 convidados, ninguém menos do que Ana Tamoyo, a cordon bleu filha de Belita. E todos se deliciaram com os requintes da chef Tamoyo, como bisque de lagostin, croquete de pato, mousse de queijo e molho de tomate fresco apimentado e adocicado. No jantar, cuscuz de camarão, bacalhau, picadinho com os acompanhamentos todos. E a mesa de doces digna de uma neta de dona Georgette, a mãe de Belita, doceira diletante, autora de vários livros de receitas…
No andar de baixo, ficaram os mais sossegados, que curtem conversa olho no olho e que também não estão muito a fim de descer e subir escadas. Até porque, em alguns casos, os joelhos não deixam. Mas pode haver lance mais charmoso do que homens grisalhos usando bengala, como Mario Ribenboim e Gérard Larragoiti, passando pra lá e pra cá? No andar superior, os mais sacudidos, curtindo o lusco fusco da luz baixa e a beleza do vistão. O que mais dizer, a não ser mostrar as fotos da festa, pela lente de Sebastião Marinho?…
Belita Tamoyo e Maria Clara Tapajós; ao fundo, Jaime de Marsillac e Maurea Pantoja
Solange e Mario Ribenboim
Glaucia Zacharias, Suzette Dourado, Sonia Isnard, Ana Maria Frank, Maria Helena Abulafia, Ana Helena Mesiano, Margareth Padilha e Maria José Prior
Moema Jafet, sorridente, elegante e com dor na coluna
Glaucia Zacharias vestiu azul tomara-que-caia, “aproveitando o finzinho do verão”, dizia
Glorinha Paranaguá observa a mesa deliciosa servida pela chef Tamoyo e decorada com arranjo de flores e frutas do Ovídio
A chef Ana Tamoyo
Belita Tamoyo e Harilda Larragoiti, com um dos casaquinhos Chanel de sua infindável coleção.
Milton Cabral, embaixador Paulo Pires do Rio, Sergio Chermont de Britto, Jair Coser e Carlos Alberto Serpa
A bandeja com docinhos que Ana aprendeu a fazer com a avó, Georgette
E aguardem mais fotos, pois esse jantar tão elegante merece…