Finalmente foi marcada a data para a inauguração do Museu de Sant’Ana em Tiradentes. Será em 19 de setembro. O convênio com a Universidade Federal de Minas Gerais, para sua criação, foi assinado em fevereiro de 2008 pelo Instituto Cultural Flavio Gutierrez. Na verdade, um protocolo de intenções.
Foram seis anos de todo o tipo de barreiras e obstáculos, que precisaram ser superados pela mulher persistente e de fibra Angela Gutierrez. Quanta luta!
Chegou um momento em que ela, cansada de tanta incompreensão, anunciou sua desistência do projeto. Mas foi demovida pela manifestação popular espontânea, com piquete e faixas, diante do prédio da antiga cadeia de Tiradentes, que serve de instalação ao novo museu.
Para a criação de mais este espaço museológico único que traz a chancela da colecionadora, Angela está cedendo sua preciosa coleção de Sant’Anas em excelente estado, catalogada, higienizada, com todos os procedimentos museológicos previamente adotados, com as peças guardadas em suas reservas técnicas. São 230 esculturas de Sant’Ana – a mãe da Virgem Maria, esculpidas entre os séculos XVII e XIX. As imagens sacras são características marcantes da cultura e das tradições de Minas Gerais.
As salas para a exibição das imagens sacras terão estantes metálicas, para não influenciarem a madeira das peças, ou seja, não atraírem cupins, fungos ou bactérias.
É a terceira coleção que ela doa ao patrimônio público, depois dos acervos do Museu do Oratório e do Museu de Artes e Ofícios, em Belo Horizonte.
Angela Gutierrez é um exemplo de tenacidade.
Angela Gutierrez e sua rara coleção de Sant’Annas, que agora estarão expostas ao povo no museu em Tiradentes
É um ótimo exemplo para os ricos: investir em arte e disponibilizá-la para o público! Figura rara na alta sociedade que não pensa apenas em si…