Quando olho hoje à minha volta, vejo as múmias do passado, caminhando assustadoramente…

Para alguns, são fatos anacrônicos, que não valem ser lembrados. Para mim, foram ontem, hoje pela manhã, e eu os sinto e lembro com tal intensidade, que me parece impossível permitir seja apagado aquele bafo de terror que sufocou nossas vidas, quando só a impetuosidade criativa dos artistas nos possibilitava respirar, sorrir, esperançar e acreditar que a nuvem de chumbo passaria.

E ela passou… deixando em seu rastro cicatrizes, tragédias, lembranças doloridas, e nos legando exemplos de heroísmo, coragem, rebeldia.

Quando olho hoje à minha volta, vejo as múmias do passado, caminhando assustadoramente, com passos de ganso, em nossa direção, e não encontro mais em mim a possibilidade do silêncio, a coragem do medo.

Neste Dia das Mulheres, vamos lembrar outra vez a fibra de Zuzu Angel, tudo de belo que realizou, tudo de muito que lutou.

Eis aqui o vídeo produzido pela Casa Zuzu Angel, com o talento de Rubens Ramos, a colaboração de Simone Costa e a contribuição de nossa História aos que nos honram com sua atenção.

5 ideias sobre “Quando olho hoje à minha volta, vejo as múmias do passado, caminhando assustadoramente…

  1. Querida Hilde: o horror e a brutalidade não te destruíram, pelo contrário, você ilumina e acalenta tantas de nós que padeceram a dor imensurável da covardia. Obrigada. Cláudia Beatriz de Sousa Silva

  2. Lindo, verdadeiro comovente, corajoso. Grande jornalista. Vc tem uma herança a defender sua mãe , seu irmão, sua cunhada . Vamos juntas

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