O riso dos porões do Nobel

Ora, ora, ora, os amigos da Fundação Biblioteca Nacional fazem saber que o poeta sueco de 80 anos Tomas Transtörme, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura de 2011, aparentemente, só tem um poema traduzido no Brasil: “Poemas haikai”…

Esta tradução, realizada por Marta Manhães de Andrade, consta do volume nº 25 da coleção Poesia Sempre, publicada pela Fundação Biblioteca Nacional, só com trabalhos da Suécia. O trabalho do escritor, um dos mais celebrados em seu país, é considerado surrelista por muitos. Ele, que há anos encabeça a lista dos favoritos ao Nobel, é também um exemplo de determinação. Parcialmente paralisado e sem conseguir falar, devido a um derrame em 1990, ele seguiu produzindo e, em 2004, publicou um livro de poemas…

E a Fundação Biblioteca Nacional nos envia um trecho do “Poemas haikai” de Tomas Transtörmer:

Os fios elétricos

estendidos por onde o frio reina

Ao norte de toda música

O sol branco

treina correndo solitário para

a montanha azul da morte

Temos que viver

com a relva pequena

e o riso dos porões

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