Ontem, totalmente incorporada em meu novo espírito de repórter iniciante de primeira viagem, fui ao coquetel de lançamento de mais uma edição, a sétima, da revista Nosso caminho, do Oscar Niemeyer, que sua mulher, Vera Lúcia, edita. Gente, tinha turma do sereno! Apesar de que sereno de um só – um fã ardoroso e anônimo de Oscar, do lado de fora da grade do prédio, perguntando: Viu o Oscar? Conversou com o Oscar? Como ele está? Ora, o Oscar está ótimo, em sua placidez secular, na cadeira de rodas, olhando pra baixo e falando baixinho, mas com a mais absoluta lucidez. Comentei com o mestre anfitrião que “aprendi” a falar com sua irmã, a professora de dicção Lília Nunes, que era tão “gênia” quanto ele e o irmão neurocirurgião, Paulo, mas não teve esse reconhecimento provavelmente por ser mulher. A professora Lilia, que tinha Marília Pera e Nara Leão entre suas discípulas, foi a criadora dos métodos mais modernos, até hoje moderníssimos, de dicção e colocação de voz, depois copiados, encampados e empregados por outras profissionais da área como se fossem delas (tipo o que fez o Serra com os genéricos do Jamil Haddad). E o Oscar: “É, para a mulher é mais difícil conquistar os espaços”…
Oscar usou o tempo certo do verbo: Ainda É difícil para a mulher conquistar espaços. Aí, engatei falando de Dilma, mas a conversa não teve continuidade, porque um fotógrafo enfiou seu nariz, digo, sua câmera entre nossos narizes e não houve mais chance…
A Nosso caminho é a única revista que a cada nova edição ganha uma festa e um oba-oba geral, por desejo explícito de Niemeyer, aliás, que adora festejar, conforme me disse sua mulher, Vera Lúcia. E a imprensa em peso, reverente, apoia os lançamentos e prestigia. Assim como os amigos. Encontrei lá o desembargador Luís Felipe Francisco e Isabella, artista plástica, que me disse: “Oscar é meu ícone, não falto a um lançamento”..
E já que estamos em época de campanha, proponho mais uma: um estádio brasileiro com a grife de Oscar Niemeyer na Copa de 2014. E já! No mundo todo, em todos os países onde ocorrem as Copas, os estádios são símbolos do que há de melhor na arquitetura internacional. Não tem sentido o Brasil, no momento em que todos os estados sede da próxima Copa se mobilizam para construir ou reformar seus estádios, não apresente um estádio grifado pelo brasileiro Oscar Niemeyer, o maior arquiteto do mundo ou, para não ser tão ufanista, um dos maiores…
E mais, contou-me no coquetel o seu neto, o também arquiteto Paulo Sérgio Niemeyer: Oscar já tem pronto o projeto de um estádio magnífico, todo detalhado, que nunca foi executado. Basta adaptá-lo às exigências atuais da Fifa e o Brasil terá o seu Estádio Oscar Niemeyer!
Pensando nisso e totalmente compometido com essa ideia, o neto de telefonou esta semana para Lula e para o presidente do Corinthians. Com este último, não conseguiu falar. Às vezes é mais fácil falar com o Presidente da República…
Falar no Lula, ele foi o grande frisson na noite em prol do combate à Hanseníase, com show de Ney Matogrosso, promovida pela primeira-dama Adriana Ancelmo, noTheatro Municipal. Lula falou. Adriana bombou com seu speech longo, de mulher determinada. Pediu doações. Precisava de 1,5 milhão. Aí, o gênio da lâmpada que atende a todos os pedidos, Eike Batista, materializou-se no palco, doou 3 milhões e, depois, achando que era pouco, doou mais 1,5 milhão. Quatro milhões e meio de reais!Eike falou e passou a palavra ao seu filho, Thor, que disse que o pai o tem ensinado a compartilhar, e que ele pretende seguir pelo mesmo caminho, fazendo melhor ainda. E sabem o que o empresário de cinema Luís Severiano Ribeiro comentou depois comigo? “O Eike inventou uma nova era para o Rio de Janeiro!”…
Aliás, estamos em plena temporada dos milhões. Na véspera, no Palácio da Cidade, graças à ajuda generosa das obras sociais da primeiras-damas Adriana Ancelmo eCristine Paes, a dra. Rosa Célia, do Pró Criança Cardíaca, conseguiu os 8 milhões de reais de que precisava para a conclusão do projeto do Hospital da Criança. É bondade em cima de bondade, generosidade sobre generosidade. Um mar de afeto batendo em ondas nas praias do Rio solidário…
Afogada em carinhos e mimos sem ter fim, assim me sinto nesta nova etapa profissional, neste momento de reflexão, de parada pra pensar. Quando Gisella Amaral veio me dar um beijinho na grande festa da Casa Cor, ontem, emLaranjeiras, falei: “Gisella, estou soterrada por tanto amor, tantas demonstrações de amizade, é bom demais!”.
Gisella sabe bem o que é esta sensação de receber amor, pois não há ninguém mais querido do que ela, uma das homenageadas da noite da Casa Cor, cujo tema era oRio de Janeiro, por escolha dos patrocinadores da festa, Romeu e Adriana Trussardi. Cinco grandes nomes do Rio e que fazem muito pelo Rio foram celebrados: a dra. Rosa Célia (recebeu o troféu de Adriana Ancelmo, que a classificou, em seu discurso, de “minha segunda mãe”); o homem dos shoppings José Isaac Peres (ao lado de sua Maria Helena, à mesa do prefeito, ela muito bonita, exuberante mesmo);Zico, o homem da ética no futebol, com sua Sandra sempre correta, novo corte de cabelo, ela sabe tudo; o empresário Olavo Monteiro de Carvalho; o professor Ivo Pitanguy (representado pela filha, Gisela) e Carlos Arthur Nuzman, deixado por último e em grande estilo pela apresentadora, Marcia Peltier, mulher dele, e os últimos serão os primeiros, vocês sabem…
Agora, vocês me perguntarão: E o Eike Batista, o atual grande semeador de bondades do Rio, não ganhou trofeu? Não, meus amores, não ficaria nada bem. Afinal, a Casa Cor acontece na Casa das Laranjeiras, da família de Patrícia Leal. E não preciso dizer mais mais nada porque ou vocês sabem os detalhes dessa história ou vocês não sabem. E não seria de bom tom, neste momento, eu ficar repetindo aqui o que já foi tão contado e é tão coisa do passado…
A festa foi lindamente ambientada pelo Antonio Neves da Rocha, que encontrei logo à porta, junto com a Beatriz Miranda Jordão. Mas não visitei os ambientes decorados da Casa Cor. Prefiro fazê-lo com calma, nos próximos dias, para poder comentar aqui direitinho e de maneira justa.
Na mesa de Romeu e Adriana Trussardi, Clara e Thomáz Magalhães, Gisella Amaral, Dino Trapetti e o estilista Amir Slama, que me disse: “Em novembro ,estou abrindo uma grande loja no Rio”. E lembrou: “Não é mais Rosa Chá, que foi vendida, agora é com o meu próprio nome”. Trapetti, recém-chegado de Roma, contava que está de partida para os Lençóis Maranhenses, com o embaixador René Haguenauere outro amigos. Na volta, ele prometeu, nós almoçamos, jantamos, enfim, matamos todas as saudades…
Gisella anunciava que, no dia 15, faz almoço em casa para Beth Winston, com presença da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima... Glória Severiano Ribeiro exultava pois, além dos 130 mil obtidos com a renda da noite, todos os lugares vendidos, recebeu mais 50 mil de doação, feita na hora, pelo José Oliveira doMellon Bank. Com isso, além de ajudar a Casa da Criança, obra com 300 crianças que a Elda Monnerat apoia, também vai poder doar todos os bancos para oSantuário de Fátima, já sendo erguido no Recreio dos Bandeirantes…
Mônica Clark passava por mim com aquele perfume confortável e suave de moça bem. Ela usa a colônia Be. Priscila Galdeano com o Arlindinho. Andréa Rudge, uma graça, toda fofa e toda linda com seus brilhantes cintilantes, sentou para conversar e me contou de sua viagem a St. Tropez. Perguntei por sua amiga Lali Mansur, eAndréa me disse que Lali já está com olhos novos, retocados pelo cinzel do Carlos Fernando Gomes de Almeida, que foi a São Paulo especialmente para operar Lali(isso é que é cartaz!). E o cinzel do Carlos Fernando é um sinal de garantia…
E por falar em cinzel, quem vejo? A escultora Mazeredo, com o maridão, Antonio Azeredo. Ela foi a autora do lindo trofeu entregue na noite: a imagem do Cristo Redentor abraçada por um afetuoso coração…
O que mais dizer de uma noite em que tudo foi harmonia e momentos alegres? Contar que as irmãs Trussardi, Gloria Severiano Ribeiro e Clara Magalhães, promotoras da festa, também foram belamente homenageadas? E idem as patrícias da Casa Cor, ambas chiquérrimas? E quando digo chiquérrimas é de verdade, não é confete. Dizer que Gisella Amaral foi aclamada quando teve seu nome anunciado e fez um discurso digno de uma candidata campeã? E o entusiasmo era tamanho que, na hora, cochichei para a candidata Maninha Barbosa, na mesa juntinha à nossa: “Te cuida, Maninha, que Gisella é capaz de se eleger em seu lugar”. Maninha achou a maior graça. Dizer que é sempre ótimo rever nosso deputado Marcelo Itagiba, um grande candidato a federal? Vasto futuro político pela frente. Dizer que Walmar e Consuelo Paes, pais de nosso prefeito, são companhias sempre agradáveis à mesa e nos dão a impressão de que o Rio se recivilizou de vez nessa atual Era Paes?
E vamos agora à galeria dos eleitos. Deleitem-se!
Fotos do Marcelo Borgongino.
- Romeu e Adriana Trussardi, Jairo de Sender e Amir Slama
Patricia Mayer, Luís e Glória Severiano Ribeiro, Eduardo e Cristine Paes
Isis Penido, Maninha Barbosa, Elisa Ferraz e Mylene Peltier