Não vou dizer que foi muito triste, pois nada que envolva a família Cordeiro é muito triste. A alegria está em seu DNA. Mas foi tocante, comovente, sentida, a despedida de Heralda Cordeiro no crematório do Caju. O Rio social em peso. Várias gerações. As amizades todas de Heralda e Josias, dos quatros filhos e de todos os netos. Verdadeira multidão. Josias, o nosso estereofônico Josias, com fone de ouvido e gravador, todo o tempo conectado na trilha sonora de sua love story com Heralda e levando o porta-retrato com uma foto mais-que-linda de sua amada, na plenitude de seus 80 anos. E lindíssima. Impressionante! Ele dizia: “Dormíamos ouvindo esta mesma música e de mãos dadas, todas as noites”. Lembrava as conversas que tiveram no Hospital Silvestre, nos últimos dias de Heralda e nos seus últimos momentos de lucidez. Ele a chamava de “Santinha”. E ela foi mesmo a Santa Heralda. Aquela que zelava pelo Josias e pela família, 24 horas do dia, e que achava graça em tudo que ele falava e fazia, sem jamais se aborrecer. Heralda foi uma lição de vida para todas nós, sobretudo para aquelas às vezes tão impacientes e intransigentes com seus maridões-garotões, tentando modificá-los. A grande sabedoria de Heralda foi justamente esta: jamais tentou, nem de leve, mudar o seu amado Josias. Cultivou-o e preservou-o tal e qual quando o conheceu e amou para sempre: divertido e incorrigível. Sábia e adorável Heralda!…
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Vai ser segunda-feira, 12, a missa de 7° dia da querida Heralda Cordeiro. Todos lá na Santa Inês, na Gávea, às 19h…
Uma das últimas fotos de Heralda e Josias Cordeiro
Foto de Sebastião Marinho