Ontem, domingo frio, Fernanda Montenegro foi conferir o monólogo Ato de comunhão, com Gilberto Gawronski, no último dia de sua temporada, no Sérgio Porto, Rio de Janeiro…
Mas não se lamentem por não a terem visto, a peça, do jovem dramaturgo argentino Lautaro Vilo, inédito no Brasil, que teve ótimas críticas de Barbara Heliodora, Carlos Henrique Braz (Veja Rio), Macksen Luiz, Lionel Fischer, reinicia temporada no Teatro Maria Clara Machado, no Planetário, a partir do dia 10…
Durante o mês em que esteve em cartaz, e com uma plateia exclusiva de 25 lugares, o Ato foi assistido por Marieta Severo, Deborah Colker, Eduardo Moscovis, Guilherme Leme, Guida Vianna, Christine Fernandes e Floriano Peixoto, Maria Maia, Chico Diaz, Analu Prestes, Ricardo Blat, Guta Stresser, Gisele Froes, Julio Adrião, o artista plástico Efraim Almeida, os escritores Silviano Santiago, Ítalo Moriconi e Chacal, os professores universitários Eduardo Jardim, da PUC, Denilson Lopes, da UFRJ, João Maia, da UERJ, os autores teatrais Pedro Bricio e Jô Bilac. Isso pra ilustrar que o fino do pensamento e da sensibilidade foi em peregrinação aplaudir Gawronski…
A peça narra três momentos na vida de um homem: sua festa de aniversário de oito anos, a cerimônia fúnebre da mãe em sua juventude e, já adulto, o encontro com alguém que conheceu pela internet, com consequências bizarras. Essa sequência final é baseada em um caso verídico, na Alemanha, em 2001, em que o homem praticou canibalismo em outro homem, com a permissão do segundo. O autor constroi uma metáfora dos relacionamentos contemporâneos, em que o furtivo e o imediato prevalecem…
Fernanda Montenegro foi assistir ao desempenho de Gawronski em seu último dia no Sergio Porto
Gilberto Gawronski, gaúcho radicado no Rio de Janeiro, apresentou durante 15 anos a criação performática do conto Dama da noite, de Caio Fernando Abreu, em vários países e em diferentes idiomas. Recriou todo o universo pop através da encenação de Pop by Gawronski, em que conduziu uma trupe artística, usando figurino inspirado em Andy Warhol. Ironizou a si próprio no espetáculo Quero ser Gilberto Gawronski. Dirigiu dança contemporânea, óperas e textos teatrais. O diretor, cenógrafo e ator tem em seu currículo os prêmios Shell, Mambembe, Sharp, APCA, Qualidade Brasil e Açorianos…