A grande sacada do Prêmio Shell de Teatro do Rio de Janeiro é que sua homenagem especial deste ano irá para a notável mestra Marie Louise Nery, imortal da Academia Brasileira da Moda, por sua contribuição às nossas artes cênicas, como aderecista, figurinista, cenógrafa e formadora de profissionais do teatro brasileiro por cinco décadas. Trata-se de uma escolha feita por quem realmente conhece o mundo do teatro, sua história, sua memória e seus bastidores. E merece todos os aplausos e reverências.
Viúva de outro nome extraordinário do teatro brasileiro, Dirceu Nery, grande cenógrafo e aderecista, Marie Louise, suíça, é uma diva, um ícone do saber teatral. Os grandes nomes do figurino e da cenografia do teatro brasileiro aprenderam com ela, a partir d’O Tablado, do Conservatório Nacional de Teatro, da Unirio. Tem livro publicado, exposições realizadas, teses, palestras. Não é uma personagem da grande mídia. É uma grande dama. Homenagens a ela serão sempre poucas.
Já no item das categorias de premiação, o Shell precisa se atualizar e, a exemplo do que já faz o Prêmio Cesgranrio de Teatro, incluir o teatro musical em uma dessas muitas categorias de premiação, pois não faz sentido não figurarem em sua lista de indicados nomes como o autor Nelson Motta, a atriz Laila Garin, o ator Felipe Camargo, o diretor Dennis Carvalho, todos do espetáculo Ellis, A musical, que, em qualquer premiação no mundo, levaria para casa um colar de estatuetas…
A cerimônia de entrega vai ser no dia 11, apresentada por Renata Sorrah no Espaço Tom Jobim, no Jardim Botânico.
Estão indicados ao prêmio, nas suas diversas categorias – Autor, Diretor, Ator, Atriz, Cenografia, Iluminação, Música, Figurino e Inovação – nomes bacanas como o diretor Aderbal Freire-Filho, os atores Daniel Dantas, Ricardo Blat, Bárbara Paz, Zezé Polessa, Camila Amado, Suely Franco e o iluminador Maneco Quinderé.
Ellis, A musical é simplesmente o máximo!