Com esta venda anunciada, Malzoni fez praticamente um “negócio da China”. Ele comprou por U$ 42 milhões, na baixa, em 2012, e vendeu agora, quando os preços dos imóveis em Nova York voltaram a subir.
Se alguém duvida, basta ler a notícia publicada há dois anos, em 15 de agosto de 2012, no jornal americano The Real Deal, especializado em transações imobiliárias, que dava conta de que “um playboy sul americano bilionário (eureka, era Malzoni!) está negociando a compra do prédio de escritório nº 5 da Rua 59 East, que já foi sede do famoso Playboy Club de Hugh Hefner”. Na ocasião, também não houve corretores envolvidos na transação, avaliada em US $ 42 milhões, com a venda realizada pela TriState Equities e um “indivíduo grego”.
No Playboy Club, na Quinta Avenida, Hugh Hefner, o inventor e dono da marca Playboy, reinou com suas coelhinhas. Este era apenas mais um entre 40 clubes da rede Internacional Playboy, em Miami, Chicago, Nova Orleans, Londres etc.
Entrar no Club era só para quem possuía uma chave, como foi mostrado em um episódio do “Mad Men”, seriado ambientado nos anos 60. E chave só tinha quem era muito rico ou famoso. Alguns playboys brasileiros, como Jorge Guinle e Baby Pignatari, tinham esse privilégio.
Para alguns das novas gerações, o Playboy Club não significa muito, para outros significa coisa alguma! Mas para quem viveu os gloriosos anos dourados dos 60’s e 70’s e frequentava Nova York naquelas décadas, com as carteiras recheadas de dólares, o Playboy Club era o lugar para se divertir, comer bem, beber melhor ainda, misturar-se às pessoas certas, os big shots do mundo artístico, do meio político e os empresários norte-americanos mais poderosos, sendo servido “de bandeja” (mesmo) pelas moças mais lindas da América, as “Playboy bunnies” ou Coelhinhas!
Nos anos 70, o Club esteve no seu apogeu, sendo frequentado por milionários do mundo inteiro e alguns playboys brasileiros de então, encantados com as coelhinhas de cintura fina e peitão, o que na época, não era moda no Brasil, onde o que sempre esteve em voga foi o look violão. No lugar do bumbum, pompom branco de coelho. Com orelhinhas e tudo, gravatinha borboleta e salto stiletto, elas eram escolhidas a dedo. A maioria se casou com milionários e virou grande dama do high society do mundo afora. Once upon a time…
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Inauguração do Playboy Club em Nova York em 1962
Um dos mais lindo e famosos atores americanos daqueles tempos,
Gregory Peck e o cantor da casa, Jackie Wilson
Jakie Wilson com o legendário cantor Bobby Dar,
marido da atriz Sandra Dee. Morreu jovem
Mr.Playboy, com as coelhinhas e sua primeira mulher, Barbara Benton,
conhecida como Barbie…
… e os Rolling Stones
… Ringo Star dança o Twist…
Hugh Hefner, a atriz Francesca Annis e Roman Polanski
O brasileiro Jorge Guinle e Polanski
John Lennon em início de carreira com a mulher, Cynthia, em três momentos, e com os Beatles
Sammy Davis Jr. era assíduo…
Woody Allen também!
Dean Martin, Frank Sinatra e Sammy Davis Jr.,
Integrantes do “Rat Pack”
Até o milionário dos hotéis, Conrad Hilton, era frequentador
Famoso pianista gay, Liberace não resistia às Coelhinhas…
Rock Hudson autografa para a Coelhinha
Com a venda do antigo Playboy Club, se encerra o ciclo dos anos dourados do clubs novaiorquinos dos milionários, que também já teve os famosos El Morocco, Stork Club e, nos anos 70 e 80, o Club A, do Ricardo Amaral, e o Regine´s !
Como sempre ,adorei a matéria ,
fotos ,e uma ótima lembrança do passado.
Paulinho Malzoni ,é meu afilhado,
Sempre foi riquíssimo e muito querido .
Beijos e carinhos,
Ana Amélia Madureira de Pinho.
Obrigada, Ana Amélia, parabéns pelo afilhado.
Beijos,
Hilde
Oi Hilde, queria muito saber dos meus comentários na sua leitura, nota ou apenas uma palavra me satisfaz. bj alvinho.
Hilde, é muito engraçado ver o Woody no Playboy Club, o Guinle não, tem tudo a ver, “a opressão da mulher”?, politicamente incorreto…, se sexo como mercadoria fosse submissão quem teria sido Aspásia do Péricles, costume pagão tradicional…é complicado analisar a prostituição historicamente com a vigília do sagrado…já na profanidade-mundanidade, do ponto de vista do prazer hobbyniano, sempre foi mercadoria de elite. bj alvinho.
O women’s lib, movimento de liberação feminina americano, nasceu da luta contra a depreciação da mulher vista apenas como um objeto sexual para oferecer prazer e conforto aos homens. As feministas esforçaram-se para impor o conceito da mulher produtiva, capaz de ombrear com o homem (e mesmo superá-lo) em todas as atividades profissionais, deixando para trás a imagem da mulher intelectualmente limitada, cujos únicos atributos seriam os da beleza, das prendas domésticas, geração de filhos e satisfação sexual aos machos. Inicialmente radical e antipatizado, inclusive pelas próprias mulheres (as desinformadas, que se diziam “femininas, não feministas”), o movimento feminista prestou um grande serviço às mulheres, sobretudo às mais pobres, arrimos de família, que precisam trabalhar fora de casa e não têm com quem deixar seus filhos. Graças a ele, vimos surgir a obrigatoriedade das creches em todo o mundo civilizado, licença maternidade e outras importantes conquistas.