Bia Lessa, que talento excepcional! Sua encenação para a entrega da Ordem do Mérito Cultural 2010 foi um fato simplesmente extraordinário. Era como se fosse um espetáculo em HD, 3D, todos os Ds ao mesmo tempo, envolvendo a plateia numa viagem sem volta, para não se esquecer nunca. Jamais uma premiação foi tão empolgante. A turma do Oscar tem muito a aprender com Bia. Para montar toda essa parafernália tecnológica, de efeitos visuais etc. e tal, a diretora precisou ocupar todo o Balcão Nobre. Daí que, vocês podem imaginar, em se tratando de uma premiação a 40 nomes, com todas as famílias presentes, sobraram poucos lugares para se convidar os coroados. Os “famosos” de plantão das revistas não estavam lá. E não fizeram a menor falta. Estavam artistas de peso como Bibi Ferreira, alguém pode querer mais que isso?…
Ao fim da premiação, eis que a tela branca enevoada sobe, a parafernália apaga e uma luzinha acende lá no fundo, no centro do palco, e vem entrando o Lula, mítico, solitário, parecia até Moisés atravessando o Mar Vermelho, até ser recebido pela grande diva Bibi Ferreira. Aí, meus amores, foram aplausos apoteóticos para o presidente! O Municipal veio literalmente abaixo. Os artistas presentes num absoluto frenesi. Ficando aquela impressão, em quem foi Lula o-tempo-todo, de que enfim caiu a ficha da classe artística brasileira. No último minuto do segundo tempo, aqueles artistas que, no primeiro turno, se bandearam pra Marina ou se fizeram de mortos e, no segundo turno, ainda bem, tomaram juízo e apoiaram Dilma, entenderam enfim a grandeza do presidente Lula da Silva!…
E Lula falou daquele jeito simples, “óbvio lulante“, que toca o coração do povo. Agradeceu por terem preparado aquilo tudo daquela forma linda para ele entrar e falar. Agradeceu ao ministro Juca Ferreira e ao governador Sérgio Cabral, botou pra quebrar como sempre, encantando todo mundo…
O presidente atrasou muito, chegando apenas às 10, para o espetáculo marcado para as oito da noite. Foi pego pela tempestade de verão, que, segundo se anunciou no teatro, o impediu de aterrissar no Santos Dumont e o avião teve que voltar até o Galeão para conseguir pousar no Rio. Chegar ao Municipal foi um desafio pra muita gente. A chuva caía em pingos com diâmetro de bola de futebol. As pessoas chegavam ensopadas ao teatro. Rosemary, uma delas. Mas a cantora já havia enfrentado tanta coisa, tanto patrulhamento, para mostrar seu apreço a Lula e dar apoio a Dilma no primeiro turno, que aquela chuva pra ela foi fichinha. Em tempo: Rosemary, junto com a Marron Alcione, precisam ser definitivamente convidadas para a posse em Brasília. Na classe artística, elas fizeram por onde…
Eram atribuídas a dificuldades geradas pela chuva, as ausências de vários agraciados. A mais sentida das ausências foi a de Gal Costa. Quando foi anunciado que ela não estava, a plateia fez um aaaaah! decepcionado. Gal teria adorado ir e participar daquele espetáculo único, mágico, tocante…
Apoteótica também foi a frase, repetida como um mantra pela plateia, pedindo para que o ministro Juca Ferreira seja mantido no cargo. “Fica, Juca”, “Fica, Juca”, o povo repetia com vontade. E ao que parece ele vai mesmo ficar. Tem mérito para isso…
Governador Sérgio Cabral, presidente Lula, prefeito Eduardo Paes, ministros Juca Ferreira e Marcio Fortes
O presidente Lula e o ministro Juca Ferreira
O presidente Lula, o governador Sérgio Cabral e o vice-governador Luiz Fernando Pezão
Orlando Moraes e Glória Pires
Bete Mendes
Daniela Escobar
Fernando Bicudo
Fernanda Abreu
Eduardo Paes e Eliana Pittman
Adriana Calcanhoto