O encantamento do universo da saudosa embaixatriz Glorinha Paranaguá desde ontem passa pelo martelo da casa de leilões de Horácio Ernane. Além do acervo de Glorinha, estão incluídas algumas peças de coleções de outros sobrenomes bacana, como Larragoiti e Celidônio. Difícil acontecer um leilão com tanto bom gosto reunido.
Quando os embaixadores Paulo e Glorinha Paranaguá retornaram do último posto dele, no Marrocos, eles se instalaram na Avenida Atlântica, no Edifício Chopin, com vista para a piscina do Copa. Não demorou muito para Glorinha iniciar a sua produção de bolsas, inicialmente bolsas min, inspiradas na clássica Chanel, matelassê, em cetins coloridos, com um lacinho no local do fecho. Elas já vinham forradas de seda com estampa de pied de poule, inicialmente embaladas em saquinhos de seda preta, até os saquinhos passarem a ser iguais ao forro das bolsas. Ainda sem a loja de Ipanema, Glorinha recebia as clientes na sala de seu apartamento, sem qualquer decoração. Eram caixas sobre caixas da mudança do Marrocos, que não haviam sido ainda sequer abertas. Foram bem uns dois ou três anos da sala cheia de caixas. E as bolsas de Glorinha se proliferando, desfiladas como troféus pelos salões cariocas. Troféus de bom gosto e diploma de “insider” da sociedade, pois ter uma bolsa Glorinha Paranaguá passou a conferir status. Quando enfim montou sua loja em Ipanema, na Praça Nossa Senhora da Paz, Glorinha, já viúva, se mudou para um apartamento do outro lado da praça, que ela decorou com o requinte de uma embaixatriz traquejada e o charme da mulher talentosa que era. E o quadrilátero da moda passou a ser o seu mundo. Era comum encontrar Glorinha caminhando por ali, no vaivém do trabalho, indo à missa na Igreja ao lado, conferindo as vitrines do Fórum. Sempre impecável, em seus vestidos chemisiers largos, sem corte na cintura, e que lhe caíam muito bem. Posteriormente, mudou-se para outro endereço na praça, e sempre com o mesmo décor de poltronas de xadrez azul e branco, com as banquetas iguais, bichos de porcelanas brancas, móveis de qualidade, ingleses, franceses, marroquinos, e quadros com assinaturas importantes. Ser recebida por Glorinha em sua casa era agradar os olhos, com coisas belas, e os ouvidos, com histórias de encantamento, daquela que circulou e frequentou no melhor dos mundos e chamava a duquesa de Windsor pelo prenome, Wallis.
Cara, HILDEGARD
Bom dia, se é que ainda poderemos ter um DIA BOM?
Assim, mesmo sem qualquer bem material que possa até chegar à algum LEILÃO, tenho distribuído meus cacarecos enquanto…inda tenho algum raciocínio…VIDA!
Conversando, com um Sr. distinto, PAI do vizinho do nosso apartamento, que faz uns 3 anos mudou-se com a família para O PORTO, e, o PAI alugando o imóvel aqui, quando tiramos um dedo de PROSA. Imagina, que a Daminha de Honra do casamento desse Senhorzinho, foi a INESQUECÍVEL GISELLA AMARAL, eram muito AMIGOS dos PAIS, então, com total sabedoria, esse distinto Senhor, tb me contou que fazia tempo…se desfez do apartamento na Av Atlântica, e, foi com a MULHER, morar num sala e quarto em Botafogo.
É ISSO AÍ!
SALVE!
Maria Edna