Contando com a colaboração de Alber Elbaz, diretor artístico da Lanvin, o Palais Galliera abre no domingo uma exposição em que presta homenagem à mais antiga casa de moda francesa ainda em atividade. Será a primeira mostra de moda em Paris dedicada a Jeanne Lanvin (1867-1946), apresentando mais de uma centena de modelos das sensacionais coleções de moda do Palais Galliera e do acervo Lanvin.
Mademoiselle Jeanne começou sua carreira como modista em 1885 e, em 1889, abriu a boutique “Lanvin Modes”, Rue Boissy d’Anglas, 16. Em 1893, ela adquiriu seu imóvel da Rue du Faubourg-Saint-Honoré, 22. Em 1897, nasceu sua única filha, Marguerite, que se tornou sua principal fonte de inspiração. Em 1908, Jeanne Lanvin alcançou o sucesso com a nova ideia de roupas para crianças. No ano seguinte, ela abriu o departamento para Jovens Senhoras e Mulheres. Neste mesmo ano, filiou-se ao Syndicat de la Couture e ingressou no fechadíssimo mundo das maisons de alta costura francesas, sucedendo-se, na maison, os departamentos de noivas, lingeries e peles. Em 1920, vieram as seções de decoração de interiores e roupas esportivas. Jeanne Lanvin também abriu lojas em Deauville, Biarritz, Barcelona, Buenos-Aires, Cannes e Le Touquet…
Inspirada pelo azul intenso dos afrescos de Fra Angelico, esta se tornou a cor favorita de Lanvin. Em 1927, ela celebrou os 30 anos da filha, criando o lendário parfum Arpège, com a embalagem ilustrada por sua imagem com Marguerite, desenhada por Paul Iribe, no flacon redondo, criado por Armand Rateau. A mesma logo é apresentada até os dias de hoje nas criações de Lanvin.
Jeanne Lanvin usava diários de viagem, uma variedade de tecidos étnicos e uma vasta biblioteca de livros de arte, para satisfazer sua curiosidade e inspirar-se na criação de tecidos, padronagens e cores exclusivas. Sua moda se traduz em arte nos tecidos, bordados, acabamentos, galões, enviesados, modelagens, enfim, em todo o virtuosismo do ofício de uma grande costureira. É o clássico francês à perfeição, com os vestidos em estilo bem século 18 – busto esbelto, cintura baixa, saia ampla – contrastando com a linha tubular do Art Déco com seus padrões geométricos pretos e brancos, a profusão de fitas, cristais, pérolas, e borlas de seda.
Uma grande capacidade de trabalho e uma compreensão intuitiva da modernidade explicam apenas parcialmente o sucesso extraordinário dessa mulher discreta.
Alber Elbaz e o Palais Galliera promovem esse fascinante encontro dos fashionistas do terceiro milênio com Jeanne Lanvin, a grande dama da haute couture parisiense, na mais emblemática das datas: 8 de Março, Dia Internacional da Mulher. E que Mulher!
Jeanne Lanvin, la grande dame da moda francesa
Madame Lanvin e a filha, Marguerite, sua fonte de inspiração
A logo LANVIN, de Paul Iribe, para o clássico parfum Arpège
Ilustração de Paul Iribe sobre o mesmo tema mãe e filha, até hoje motivo da logo da marca
Bom dia! Cumprimentos especiais pelo Dia Internacional da Mulher – por vc sempre guerreira Hilde e “in memorian” de sua impagável mamãe – Zuzu Angel!!!
Lindo o post sobre a revolucionária Mme Lavin com merecida exposição no Palais Galliera, em Paris!
Aliás, tive um “sonho” que o tão merecido e esperado Museu Zuzu Angel terá um belo e original frasco do valiosíssimo perfume “Arpège” – de 1927!
Bjs e muitas saudades, desse sempre devotado e velho admirador goiano,
JM