Suspirei aliviada quando vi que Narcisa Tamborindeguy não compareceu à festa de aniversário de Val Marchiori no programa que encerrou o reality Mulheres ricas. Como diz um filósofo italiano amigo meu: “Quem anda com pulguento pega pulga”. E não me venham dizer que aqueles visons brancos que vimos passear em Buenos Aires não estavam cheios de pulgas, pois dava até para vê-las aos pulos, da gola pra manga, a olho nu… brincadeirinha…
É que Narcisa nada tinha a ver mesmo com aquela turma, em que, ao longo das semanas, quem não tinha pulgas, acabou coberta delas. Todas, mesmo as com algum nome a zelar, acabaram dizendo as mesmas tolices, os mesmos adoooro, os mesmos hellloooos, e querendo beber sem parar o mesmo champagne… eca!…
As pulgas proliferaram no último programa do reality, em que os maus exemplos foram a mensagem final. Lições do tipo “Vence quem tem o pior caráter”…
E vimos, até com um certo olhar de piedade, uma trinca de mulheres pobres coitadas, com trabalho e profissão, seguirem como uma matilha de perdigueiros a liderança de uma outra que não se sabe de onde veio, para onde vai, o que faz, o que fez para chegar onde está, de quem só conhecemos os péssimos valores, que são a crueldade com seus semelhantes, a deslealdade com as amigas, a maledicência a respeito das mesmas, a frivolidade, conceitos de envergonhar qualquer um, assim escancarados via satélite, para quem quisesse ver e escutar… e daí, vai encarar?!…
É, Narcisa fez muito bem de não se misturar, para não comer farelo… e não pegar pulgas…