Morreu, às onze e meia da noite de ontem, aqui no Rio, a atriz Isabella Cerqueira Campos, conhecida apens como Isabella, protagonista de Capitu, um marco do Cinema Novo, dirigido por Paulo Cezar Saraceni. Vítima de falência múltipla causada por um câncer de mama, eatriz de cinema, televisão e teatro, Isabella representou várias personagens femininas importantes e ganhou prêmios pela força e a riqueza de suas atuações…
Ela também trabalhou em vários programas da Rede Globo, como as novelas A cabana do Pai Tomaz e Passo dos ventos e outras, e o Sitio do Pica-Pau Amarelo. Atuou no Grande Teatro da TV Tupi, no Sem censura, da TVE e em muitas peças de teatro. Em seu currículo de espetávulos, estão 15 Anos Depois, Amar se aprende amando, Cora Coralina, Dura Lex Sed Lex no cabelo só Gumex…
Nos anos 80 Isabella abriu, em sua casa em Visconde de Mauá, o Teatro da Montanha. Mas foi no cinema que ela deu sua maior contribuição às artes, na plenitude de sua beleza, tendo participado de várias produções do Cinema Novo, entre elas, O desafio, Proezas de Satanás na Vila do Leva e Traz. Foi também musa do chamado Cinema Marginal, em A Possuída dos Mil Demônios e O Lobo do Homem, e do Besteirol, em Lerfá Mu d O Mundo a seus pés…
Nos anos 60, Isabella deixou sua marca definitiva ao interpretar a mais enigmática personagem feminina brasileira, a Capitu de Machado de Assis, no filme de Paulo Cezar Saraceni. Até hoje, ela é reverenciada por seus colegas atores, diretores e críticos pela soberba interpretação da personagem…
Suas últimas participações nas telas foram nos filmes Brasília 18%, de Nelson Pereira dos Santos, em 2006, e Panair do Brasil, de Marco Altberg em 2008…
Isabella deixa saudades…
Olhos lindos, talentosa, Isabella, a linda atriz que fez Capitu, tinha a boca que hoje todas querem ter, sem precisar fazer preenchimento