Todos os bancos da Igreja Nossa Senhora da Paz ocupados, do primeiro ao último. A missa de sétimo dia de Nanato Barbosa, que o oficiante classificou de “missa de ação de graças por uma pessoa que parte para a vida eterna”, foi comovente do início ao fim. Mais presença de society do que show business, porém havia Erasmo Carlos na fila dos pêsames.
Dona Florinda Barbosa soluçou em diversos momentos, o filho Jorge, ao seu lado, afagava-lhe os cabelos, muito carinhoso. O filho Leleco, gêmeo de Nanato, saía de seu banco e lhe vinha dar beijos na testa. As netas vinham abraçá-la. Que bonito ver família tão amorosa!
Leleco ficou com a voz embargada ao ler a Primeira Leitura da cerimônia. Jorge chorou a ponto de ter que interromper a leitura das Orações da Comunidade.
Depois da cerimônia, o momento mais tocante foi quando Leleco leu ao microfone a mensagem amorosa enviada por Wanderléa, que está em viagem. Ela se referiu a Nanato como seu amor, seu parceiro, seu amigo, seu tudo. Foi carinhosíssima.
Leleco lembrou que Wanderléa, a Vandeca, interrompeu por dois anos sua carreira de cantora, no auge, para acompanhar o tratamento de Nanato nos Estados Unidos, depois do acidente que o deixou paraplégico aos 21 anos. Grande mulher!
Ato contínuo, Leleco falou do pai, Chacrinha, que conseguiu apresentar sua “Buzina” no próprio dia do acidente, num esforço sobre humano para alegrar o filho. E concluiu dizendo de sua convicção de que Nanato e Chacrinha estão agora unidos para sempre.
Palavras bonitas e mais palavras bonitas. Palavras de conformidade de uma família em que o drama, várias vezes, se mesclou a grandes alegrias. Como nesta semana, da perda do Nanato amado, em que também acontece a tão aguardada estreia do musical “Chacrinha”, interpretado no palco do Teatro João Caetano por Stepan Nercessian.
À saída, os participantes da missa foram surpreendidos por uma chuvinha fina totalmente fora do script…
Poderia haver melhor maneira de o Velho Guerreiro demonstrar seu carinho com os que apoiavam sua família, naquela igreja, do que atirar sobre eles, em vez de bacalhau, uma chuva abençoada?
Alô, alô, seu Chacrinha, para você e o Nanato, aquele abraço!
É… Nanato e Wanderléa foram dois grandes exemplos: ele, tetraplégico, nunca se queixou da má sorte. Ela, na verdade, nunca se separou dele: sempre houve um carinho imenso entre eles, falavam-se com muita frequência, eram grandes amigos. Wanderléa é mesmo maravilhosa. Como ela disse, “ele agora está solto”, livre da imobilidade que o maltratou por 40 anos. Livre, ao lado do Pai e do pai.
Saí comovida também, Hilde! Que família bacana! Parabéns pelo texto: descreve exatamente tudo o que vivenciamos naquela noite.
Um forte abraço!
Familia unida presente e muito querida.
Bjs
Meu abraço forte no Leleco. No céu, Chacrinha recebeu o filho com buzinadas de amor e ternura.
Linda Homenagem, Hildegard!..