Minas Gerais e o Rio de Janeiro têm um caso de amor sem fim, que não conhece limites. Começou quando éramos Capital Federal, teve seu auge nos Anos JK, quando mineiro que se prezasse tinha um obrigatório apê em Copacabana, e prosseguiu até a atualidade, por obra e graça de mineiros tradicionalistas e renitentes, que não resistem à beleza e ao charme da Cidade Maravilhosa.
Entre esses mineiros, destaca-se o “Mineirinho do Rio”, que não é o Aécio, pois este já tem o título de “Menino do Rio” e ninguém tasca. O “Mineirinho do Rio” é o Catito Peres, mineiro de Leopoldina, a cidade dos doces mais saborosos do Brasil. Empresário de múltiplos interesses, ele adocica a sua vida morando na orla carioca, onde mantém, no Leme, sua distração favorita: a famosa pizzaria Fiorentina, reduto dos artistas em cartaz nas temporadas teatrais da cidade, local onde você encontra os nomes do cinema e TV, jornalistas, políticos e intelectuais. E ainda esbarra com Ari Barroso na calçada, tamborilando numa mesa esculpida em bronze, como ele próprio, aliás.
A Fiorentina é o símbolo da história do showbiz brasileiro, das vedetes de Carlos Machado à Palma de Ouro de Anselmo Duarte em Cannes, da dramaturgia de Plínio Marcos ao advento do sambista Benito di Paula, de Carlos Imperial a Marília Pêra, todos passaram por lá e deixaram, nas colunas do restaurante, suas assinaturas.
Agora, o insaciável “Mineirinho do Rio” se apossa (para sorte nossa!) de outro point da boemia: o Bar Lagoa, há 80 anos fazendo jorrar, de suas serpentinas geladas, um dos mais conceituados chopes do Rio, servindo sempre sua salada de batatas cortadas em lascas, com maionese feita em casa, o salsichão cozido, a pizza à moda antiga (delícia!) e o sanduíche de filé que é marca registrada.
Hoje, o Catito está recebendo lá no Lagoa os amigos pra almoçar e exibir as novidades de sua gestão: toldo retrátil, que agora nos permite ver estrelas, talheres novos, novos pratos com brasão da casa, e eles vêm quentinhos à mesa, bem como os guardanapos. Paredes pintadinhas do mesmo verde. A única reforma física foi nos banheiros – tava mesmo precisando.
Outra novidade é uma recepcionista à entrada. Eu, que sempre fui entrando no Lagoa e escolhendo a mesa, como se fosse casa minha, agora ouvi alguém me dizer: “lá dentro está quente, aqui fora está mais agradável”. É, de botar ordem na casa o Catito entende mesmo.
Ah, a comida continua tal e qual, a mesma delícia de sempre. E a Lagoa Rodrigo de Freitas é a mais bonita do Brasil, sil,sil,sil!
Por tudo isso e muuuito mais, o vereador Eduardão teve a boa idéia de conferir ao empresário o título de “Mineirinho do Rio”, ops, não foi isso não, ele recebeu o título de “Cidadão Carioca” no seu próprio templo, a Fiorentina! Nada mais merecido.
Agora, Catito é da Gema, de fato e de direito. E vejam só a turma de amigos que foram festejá-lo por isso: mais “da gema”, impossível.
Jandira Feghali, a deputada Federal do Rio, que não foge aos bons combates, e o Catito
O pianista Miguel Proença e o pesquisador da MPB Ricardo Cravo Albin
Wagner Victer chegou de Sampa, onde foi receber prêmio de gestão, ainda por seu trabalho na Cedae, e o arquiteto Gilmar Peres, depois de ter ocupado páginas da Architectural Digest italiana.
Tania Castilho e Mikaela Martins
O vereador Eduardão e Catito, que nos mostra, com orgulho, seu diploma de Cidadão Carioca
O “Mineirinho do Rio Nº 2”, Ziraldo, pai do Menino Maluquinho, prestigiou o “Mineirinho do Rio Nº 1”
Eduardão, Catito, Ziraldo, Victer
Duda Peres, a filha linda do Catito, que é da Gema também
Catito com Gisella, carioquíssima, e Ricardo Amaral, o paulista mais carioca de que se tem notícia
Ê nós aí com o Catito!
Hildelberto Aleluia (aleluia, irmão!) e Cravo Albin
Eduardão e esses cariocas mais cariocas de todos
Catito com seu dream team da Fiorentina
Duda e seu pai carioca-mineiro, o empresário que em breve vai trazer de volta à night da cidade o Hippopotamus saudoso…
Fotos de Armando Araujo
O que pintou de papagaio de pirata petista nesta festa não tem sentido moral.
Matéria maravilhosa, o Fiorentina é para mim um ícone do Rio, o Bar Lagoa idem,
simbolos de uma época, de uma cidade, de um estilo de vida. Não conheço o Catito mas parabens pela sua figura de mantenedor desses “locus” de civilidade,
marcos referenciais de todo um cenario que para mim remonta a minha fase mais proficua de vida quando ir ao Rio era como ir ao uma festa, entrar na fila dos Viscounts e Electras da Ponte Aerea era como entrar na porta do paraiso.
Querida Hilde. O Omar e o mais carioca dos mineiros na sucessão deste posto ocupado eternamente pelo grande Ziraldo. Victer
Hilde, Catito deve ter sido um anjo na encarnação anterior, Parabéns ao Mineiro de Bem que não é da Caixa e que da muita caixa aos cariocas, é um Cidadão Salvador, amei demais essa escolha dos vereadores e ou deputados. Acho que conheço a Fiorentina, se for, fui para um lançamento de livro do Daniel Filho, 88 ou 89, o Projac em peso lá (que ainda não existia), mesas na calçada, linda Fiorentina, Viva Catito Peres, Viva o Rio.
minha família.