Já que o blog é tipo um diário de vida, vou contar a vocês o que fiz hoje…
Pela manhã, mergulhei na piscina morna da minha hidroginástica na AquaSaúde, ao lado da Angela Fonti, presidente da Comlurb, que volta às aulas molhadas depois de uma temporada na Turquia e uma outra temporada na preguiça. Ela me conta que foi o próprio Eduardo Paes, um prefeito criativo, quem inventou o triciclo com caçapa, que agora corre as ruas estreitinhas do Borel e da Mangueira, recolhendo o lixo, precedido de um alto-falante avisando sua chegada. Paes se inspirou nos vendedores de pamonha. Outra invenção do Eduardo são os caminhõezinhos de lixo compactados, bem pequenos para poderem entrar nas vielas mínimas das comunidades. Angela está encantada com o comportamento dos moradores do Borel, que atualmente talvez seja o bairro mais limpo do Rio. Os moradores vestiram totalmente a camisa da limpeza, abraçaram a causa. E a Mangueira, pelo visto, irá pelo mesmo caminho. Outra coisa que ela me contou (e a essa altura a professora já estava nos dando pito pela conversa), foi que, assim como ela fez no viaduto da Mangueira e deu tão certo, ela vai usar a tinta contra grafite no viaduto da Lagoa, ali no Corte do Cantagalo, pois está uma lambança só. E a última, já no final do segundo tempo da aula: ela pretende fazer a Cow-Lurb Parade. Uma expo em vários pontos do Rio de bonequinhos da Comlurb, criados por artistas plásticos, que depois seriam leiloados em prol de ações pró-cidadania…
Quem também faz hidro com a gente na mesma academia é a Maria Pompeu, mas esta viajou pra Nova York. O Agildo Ribeiro também fazia. Mas este viajou pro Recreio dos Bandeirantes. Isto é, mudou-se pra lá, traindo suas copacabanenses origens, já que tem a Barata Ribeiro no sobrenome…
Munida de tantas notinhas pro meu blog desde tão cedo, achei que era meu dia de sorte e resolvi ir com a família almoçar no Fogo de Chão, a churrascaria que se instalou sob a piscina suspensa do Botafogo, num dos mais bonitos e privilegiados pontos do Rio, fazendo glub-glub na Enseada de Botafogo. E pela primeira vez, depois de várias meia-volta-volver, sempre encontrando a casa cheia e fila de espera na porta, conseguimos enfim entrar, e até escolhemos mesa. Estranho… Confesso, não achei grande graça nessa churrascaria. Nem mesmo média graça. Quem está acostumado ao Porcão Rio’s velho de guerra não se deixa seduzir tão facilmente. Sondei os garçons, soube que o movimento caiu. Hummm, tomara que eu esteja errada, mas esse Fogo de Chão está me cheirando a Fogo de Palha…
E lá fui eu para a Igreja da Penha pagar minhas promessas, pegar vento na cabeleira, me emocionar com a visão lá do alto, ficar tocada pelo rococó singelo da igrejinha e pela simplicidade com que ela estava sendo decorada para uma missa de 15 anos, com apanhados de rosas amarrados aos bancos por fitinhas. Como a simplicidade é bela! Acendi minhas velas, descabelei-me ainda mais (como ventava lá em cima!) e adiei para outra ocasião o passeio que pretendia fazer hoje no Teleférico do Alemão, acenando para ele lá de longe. Com aquela ventania toda, decididamente, não dava!…
Aí, vim aqui pra minha poltrona preferida de frente para o mar da Atlântica, coloquei meu lap top no colo (pois lap, como o nome diz, é colo mesmo) e estou aqui nesse lero com vocês há um tempão…
Em tempo: o UOL recomendou e faço minhas as palavras dele. Que tal um minuto de saudade e delicadeza, lembrando o nosso chansonnier Ivon Cúri? Quem conheceu vai gostar de se lembrar. Quem não conheceu, ainda mais… Acesse: http://www.obucaneiroprateado.blogspot.com/