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Chegou hoje ao Rio, acompanhada da amiga duquesa Caetani, a condessa Marina Cicogna Volpi. Hospedam-se no Copa até domingo, quando a duquesa parte e Marina se transfere por 10 dias para o apartamento, na mesma Avenida Atlântica, de Paulo Fernando Marcondes Ferraz, muito bem decorado por Ricardo Bruno. Cicogna é uma apaixonada pelo Brasil. Até declarou ao Corriere della Sera que, se tivesse que escolher um país definitivo para viver, seria este…
Do Brasil, ela guarda lembranças esplendorosas e trágicas. As boas foram nos trepidantes anos 60 e 70, ao lado de sua best friend, a cearense Florinda Bolkan, e de Helmut Berger. Anos dourados mesmo. Quando chegavam ao Rio e a Búzios, onde eram sempre vistos juntos os três, era aquele banho esplendoroso de beleza e vitalidade. Na mesma entrevista, ela conta, francamente: “Minha união com Florinda durou 18 anos. Ela foi muito importante em minha vida. Entre nós havia uma atração muito forte”…
Mesmo para aqueles anos nervosos, moderníssimos, a atitude de Marina e Florinda foi corajosa. De forma ambígua, em que nada era ostensivamente declarado e tudo era suspeitado, elas viveram uma relação aberta/velada; discreta/assumida. Amorosa e, ao mesmo tempo, muito elegante. A tragédia brasileira de Marina foi o suicídio de seu único irmão aqui no Rio de Janeiro…
Foi Cicogna quem, como produtora de cinema, lançou Florinda como atriz na meca da Itália e do Mundo. Investigação sobre um cidadão acima de qualquer suspeita, dirigido por Elio Petri e ainda hoje considerado pelos experts o melhor filme político de todos os tempos, foi produção dela, estrelada por Florinda e Gian Maria Volontè. Marina conta que a ideia de lançar sua melhor amiga Florinda no cinema foi de Visconti e Mastroianni…
Juntas, Flô e Marina viveram quatro de seus anos juntas em Beverly Hills, quando frequentaram Michael Caine, Sean Connery, Gregory Peck e Rod Stewart...
A condessa Cicogna é uma celebridade e tanto. E quem quiser saber tudo sobre aqueles anos dourados do cinema italiano e bastidores das celebridades com quem ela conviveu, que aproveite essa sua atual estada carioca. Ou que leia a entrevista dela ao Corriere:
http://lamescolanza.com/INTERVISTE0205/0205/MARINA%20CICOGNA.htm
Abaixo, um breve perfil da condessa Marina Cicogna Volpi, numa das recentes edições da Vanity Fair
O filme Anonimo veneziano, rendeu muito dinheiro, sucesso no mundo inteiro, a co dessa e a Florinda deve ter ficado milhionarias.
Florinda e cicogna juntas tanto tempo, que pena que acabou… nada é para sempre!
Fui secretária de Florinda no Ceará no período de (1998 – 2001) e gostaria muito de um dia poder conhecer a condessa Marina, que aprendi a admirar pelas entrevistas e por possuir traços bem diferentes, mas tão marcantes quantos os de Florinda…
Abraços,
Beatriz
Fotógrafa Freelencer
(85) 9998-9536