Enquanto um Ricardo Amaral lançava seu livro sobre a Dilma na Livraria da Travessa, o outro Ricardo Amaral estava onde? No Palácio Guanabara, no lançamento das obras de restauração da casa pelo governador Sérgio Cabral. Ontem houve lançamentos, na cidade, para todos os gostos e todos os ricardos…
Não podemos dizer que a noite de autógrafos de Amaral 2 (vamos chamá-lo assim, já que o Ricardo da Gisella a gente conhece há mais tempo) foi um sucesso de público. Mas também queriam o quê? Foram se aquartelar logo em território inimigo, a Travessa, conhecido poleiro dos tucanos. Esse povo precisa aprender que o PT, mesmo no Poder, continua a ser contracultura, alternativo, pede cenário de guerrilha. Mesmo que este seja o antigo Teatro Casa Grande, hoje o acarpetado Oi Casa Grande, mas pelo menos carrega em si o peso de uma memória respeitável de lutas e combates. Ir lançar livro sobre Dilma, a guerrilheira corajosa, em ambiente em que ela é chamada de “terrorista”, sinceramente, é estratégia ingênua. Fosse naqueles anos negros o “aparelho” teria “caído”…
Fotos de Sebastião Marinho