Marisa Letícia no seu momento mais elegante nos oito anos do governo Lula. Bem vestidíssima, bonita, elegante mesmo, tudo certo: a roupa, as cores, os acessórios, cabelo, maquiagem. Perfeita! E descontraída, esfuziante, contente como jamais antes foi vista. Parecia feliz por deixar de ser o centro das atenções, por não ter mais sobre ela, dali em diante, o peso de ser primeira-dama. Mais do que uma revelação, a atitude de Marisa Letícia mostrou seu desapego ao poder e revelou seu temperamento tímido. Imagino como deve ter sido para ela, em tantos momentos, ao longo dos dois mandatos, a “liturgia do cargo”, as cobranças e as críticas, muitas vezes injustas e deselegantes, feitas a ela…
Marcele Temer, no Cadillac conversível ao lado do marido vice-presidente, escultural e com uma trança posta de lado sobre o ombro, lembrava uma Miss Brasil dos velhos tempos, anos 50/60, quando todas elas desfilavam em pé em Cadillac de capota arriada…
Frisson geral no salão quando Dilma foi vista beijando a bandeira brasileira. Todos aplaudiram. A jornalista Cynara Menezes, da Carta Capital, comentou: “Foi o primeiro presidente, de nossa História, que fez esse gesto em sua posse”…
Ziraldo, no elevador do Palácio do Planalto, elogiando a logomarca das Olimpíadas lançada na véspera: “É muito bem bonita, bem sacada, tridimensional. Bem diferente da logo da Copa que é muito feia”…
Beth Carvalho, de cadeira de rodas (“problemas na coluna”, ela explicava, pedindo que eu não batesse fotos dela daquele jeito), dando de uma animadora do Salão Niemeyer. Puxou o coro de “Deixa a Dilma me levar, Dilma leva eu…”, logo que Lula passou a faixa à presidenta. Foi emocionante…
Um convidado se ajoelhando no chão, diante do telão, enquanto era entoado o Hino Nacional e Dilma subia a rampa. Como se estivesse ao pé de um altar, diante de uma santa…
Rosemary, a cantora, de vestido preto mini colado no corpo, muito, muito sexy, com salto alto agulha nº 13 e laçarote atrás do tornozelo. Enxutérrima, cabelão louro lustroso, rosto lindo e liso, e ela n unca fez plástica! Um fenômeno…
Pra ver a subida e a descida da rampa, Rosemary ficou no gargarejo, diante da vidraça do Planalto o tempo todo, batendo fotos, registrando tudo, ao lado de Mauricio Branco, do site da campanha de Dilma, para o qual ela deu depoimento…
Todos se emocionando com as várias menções feitas ao vice-presidente José Alencar, em todos os discursos. Foi o grande ausente, mas não deixou de ser o grande exemplo para todos nós. De bravura, de integridade, de lealdade a Lula e ao Brasil.. Alencar e Mariza Gomes da Silva hão de deixar saudades, por sua nobreza no trato com todos, sobretudo os subalternos. Não são apenas os graúdos, o pessoal de serviço do Jaburu simplesmente os adoram…
Humberto Motta comunicando-se ao celular com Jonas Barcellos, que estava no Salão Nobre…
Sergio Mamberti, quietinho, comportado e compenetrado, assistindo a tudo da segunda fila…
José de Abreu registrando tudo com sua máquina fotográfica e dizendo a esta jornalista: “Você se revelou uma guerrilheira da internet durante a campanha”…
Sergio Malta, ex-superintendente do Sebrae-RJ, assistindo à passagem da faixa. Não tem mais o cargo, mas o prestígio continua. Afinal, Dilma o convidou para sua posse…
A gargalhada geral dos que assistiam aos cumprimentos dos dignitários estrangeiros, quando, logo após Hillary Clinton, quem apareceu na fila para falar com Dilma foi o Hugo Chavez. Alguém comentou: “Parece uma pegadinha do Cerimonial”. Mas não foi. foi a ordem protocolar mesmo…
Os comentários de um ator presente de que Hillary Clinton, diginitária americana, apresentava um derrière de dignitária africana…
A roupa de Hillary, francamente, não estava à altura da ocasião: calças compridas e paletó. Roupa de frequentar escritório e não uma solenidade daquela expressão…
Foi tocante, bonito demais, quando Lula desceu a rampa com Marisa Letícia, acompanhados por Dilma, Temer, e todo o ministério dele, maridos e mulheres, em séquito, levando o ex-casal presidencial até o carro…
Momento de grande frisson, alarido geral, aplausos: quando Lula atravessou a rua e caiu nos braços do povo. Mas não foi surpresa: várias pessoas, ao meu lado, que assistiam à descida da rampa, comentavam que isso iria acontecer. Como que numa premonição…
Ziraldo encontrando no salão seu conterrâneo mineiro Jacques Pena, o novo chefe da Casa Civil do Governo do Distrito Federal, abraços entusiasmados e a frase do Zi: “Caratinga está no poder!”…
Outra envolvendo Ziraldo: quando ele encontrou no Salão Niemeyer o também mineiro Angelo Oswaldo, prefeito de Ouro Preto, e passou por eles um mocinho de cabelo arrepiado com gel. Angelo falou: “Olha, Ziraldo, o Menino Maluquinho veio!”. E Ziraldo: “Como diz o Veríssimo, esse é daqueles que, em vez de passar o pente, bota o dedo na tomada”…
Tereza Cruvinel, na saída da cerimônia, toda molhada, cabelos inclusive, depois de sair sob a chuva atrás do carro, e ao celular, já de volta à entrada de serviço do Palácio do Planalto, dando bronca no motorista perdidão, que não conseguia encontrar o caminho para buscá-la. Estava bem brava…