O post abaixo foi publicado pelo Blog do Instituto Zuzu Angel e trata-se de uma linda homenagem a Zuzu Angel. Vejam:
Há 35 anos Zuzu Angel nos deixou… Mas em sua passagem por este mundo, a corajosa estilista, mãe e exemplo de cidadã brasileira plantou uma mensagem de amor, esperança e luta por um mundo melhor e mais justo. Mensagem que jamais será esquecida…
Zuzu revolucionou a moda brasileira. Em uma época em que nossas raízes eram vistas como “cafonas”, a estilista resgatou e valorizou a beleza da cultura popular, inserindo-a em sua moda, de maneira simples, sofisticada, alegre e elegante. Fez o primeiro desfile-protesto da história, pois encontrou na moda uma maneira de expressar o que sentia diante do desaparecimento de seu filho Stuart, militante político, e das atrocidades cometidas pela ditadura militar brasileira…
Nunca perdeu a esperança de reencontrar Stuart, nem que fosse apenas para ter o direito de enterrá-lo. E justamente por não se calar diante de tal situação, sofreu um “acidente” em 14 de abril de 1976. Anos mais tarde, na década de 90, sua filha Hildegard Angel conseguiu provar que o que se acreditava ter sido um “acidente”, na verdade, havia sido um atentado cometido pelos militares…
Nos anos 90, Hilde também fundou o Instituto Zuzu Angel com o intuito de preservar a memória de sua mãe e da moda brasileira…
Fiquem aqui com algumas belas imagens dessa grande mulher…
Zuzu Angel + detalhe de roupas suas ao fundo – Foto: Acervo Instituto Zuzu Angel
Modelos com criações de Zuzu Angel na década de 70 – Foto: Acervo Instituto Zuzu Angel
Zuzu vestido roupas de sua autoria. O anjinho visto na blusa era o grande símbolo de sua marca – Foto: Acervo Instituto Zuzu Angel
Chico Buarque compôs em parceria com Miltinho a letra da música “Angélica”, dedicada a Zuzu Angel…
Quem é essa mulher
Que canta sempre esse estribilho?
Só queria embalar meu filho
Que mora na escuridão do mar
Quem é essa mulher
Que canta sempre esse lamento?
Só queria lembrar o tormento
Que fez o meu filho suspirar
Quem é essa mulher
Que canta sempre o mesmo arranjo?
Só queria agasalhar meu anjo
E deixar seu corpo descansar
Quem é essa mulher
Que canta como dobra um sino?
Queria cantar por meu menino
Que ele já não pode mais cantar
Quem é essa mulher
Que canta sempre esse estribilho?
Só queria embalar meu filho
Que mora na escuridão do mar