As pessoas chegavam com flores, livros, abraços, toda a sorte de oferendas carinhosas. Era como se aquela solenidade de inauguração do busto de meu irmão tivesse significado maior –  dos muitos aniversários jamais celebrados, das exéquias não realizadas.

Era a lacuna de quase 45 anos que tentavam preencher, naquela tarde cinzenta, porém amena, de final de agosto.

Alguém me disse: “Agora a missão está cumprida, encerrada”.

Não, esta é uma missão que jamais se cumpre e se encerra, enquanto os que a viveram tiverem vida, porque é história para ser sempre repetida e recontada, lembrada, até se fazer lenda e ficar entranhada pra sempre na memória do povo, passando de geração em geração.

É a história de um herói do povo brasileiro. Nada mais.

Simone Rodrigues, a viúva de Ibrahim Sued, deposita suas flores junto ao monumento de Stuart, rodeado por Beth e Carlos Alberto Serpa, o secretário Belchior, o escultor Duvivier, a cantora Eliana Pittman, as irmãs Bogossian, Wilma e Ivette, Francis e eu

Simone, compenetrada, e, ao fundo, de óculos, Paulo César Corrêa Lopes, primo irmão de Sonia Moraes Angel Jones, minha cunhada também assassinada pela ditadura militar. À direita, o embaixador Marcio de Oliveira Dias

O secretário Marcus Belchior me comove com suas palavras carinhosas e belas

O secretário Belchior me devolve o microfone para proceder à inauguração do busto. Atrás de mim, a amiga Yone Kegler. À direita, o companheiro de Stuart, de infância, juventude, atletismo, Zezé Barros.

Os amigos assistem, silenciosos, compenetrados, sérios, ocupando o trecho do asfalto da Avenida Pasteur, até a calçada da UFRJ

O escultor do busto, Edgar Duvivier, diz algumas palavras

Declaramos o busto inaugurado, aplausos

Carlos Alberto Serpa (Beth ao lado), com sua vocação de metteur-en-scène, sugere à Eliana Pittman que encerre a solenidade cantando, talvez o Hino Nacional. Ela opta pela Cidade Maravilhosa, dando um tom de alegria ao momento solene. Todos cantam. Grande ideia do professor!

Aplausos para Eliana, a diva sambista polivalente do Rio, filha do grande Booker Pittman

Em primeiro plano, Alvaro Carrilho e Claudia Bragança.

Antigos companheiros de luta chamam: “Stuart Angel!”, como se fazia nas assembleias políticas. Ventos de emoção no ar…

Admiradores e companheiros sobreviventes à luta atendem ao chamado, erguem os punhos e, juntos, respondem por Stuart: “Presente!”.

Na foto, o cônsul-geral do Canadá, Sanjeev Chowdhury, Chica Dutra, amiga de Zuzu, Roberto Halbouti, Ignêz Costa e Silva, Samuel Aarâo Reis, Dulce Pandolfi e outros.

Os jornalistas Marcia Pereira e Waldir Leite

Rosa Cordeiro Guerra e Chica Dutra

Os pais de Ana Botafogo, Ernani Fonseca e Maria Dulce

Beth e Carlos Alberto Serpa

Amaro Leandro, Diana Vianna, Ignez Costa e Silva e Claudio Aboim

Ana Luiza Toledo Piza, Vera Dias e Edgar Duvivier

Reencontro de idealistas: Pedro Alves Filho, Stuart e Samuel Aarão Reis

Maria Célia Moraes compara os perfis

Eduardo Pane, admirador de Tuti, veio de São José dos Campos para a cerimônia

Nas despedidas dos amigos, o conforto. Aqui, Francis com Serpa, nosso irmão na Irmandade da Glória e em vários desafios

Stuart, à beira do mar, que tanto amou e celebrou em textos, e diante de sua escola UFRJ, onde aprendeu a pensar e contestar, o que o levou à clandestinidade e à morte

Com Paulo César Corrêa Lopes e Zezé Barros

Registro para a posteridade

Paulo e Leíse Espírito Santo

Fotos de Marcelo Borgongino