Em julho, a revista Vanity Fair bateu um papo com a diva italiana Gina Lollobrigada, que na ocasião estava prestes a leiloar sua coleção de joias da Bvlgari em prol das pesquisas de célula tronco. Reproduzimos, abaixo, a entrevista para dar prosseguimento a esta nossa semana especial dedicada ao Cinema Italiano, embalados e emulados pelo curso de moda + dolce vita + neorrealismo + sétima arte da Itália que a mestra dos mais belos figurinos das novelas globais, Emília Duncan, vai dar a partir da terça-feira à noite. (info: zuzuangel@zuzuangel.com.br)
Confiram!
Vanity Fair: Qual o seu ideal de perfeita felicidade?
Gina: Felicidade é uma jornada que depende somente de nós mesmos. Devemos ser gratos pela vida, pois muito do que está para acontecer conosco será maravilhoso e temos a sorte de poder viver isto.
Vanity Fair: Qual o seu maior medo?
Gina: Eu, sinceramente, não tenho um medo em particular. Nós devemos viver sem limites e temer pode se tornar um limite.
Vanity Fair: Qual pessoa viva você mais admira?
Gina: Eu me defino como uma mulher muito forte. Não me identifico com ninguém em específico, mas admiro pessoas que conseguem se manter humildes mesmo em momentos de grande dificuldade.
Vanity Fair: Qual característica você mais deplora em si mesma?
Gina: Às vezes eu sigo o meu instinto mais do que a minha razão.
Vanity Fair: Qual característica você mais deplora nos outros?
Gina: Não gosto de pessoas oportunistas.
Vanity Fair: Qual a sua maior extravagância?
Gina: Minha maior extravagância é trabalhar. Isto permite com que eu me expresse através da arte, a qual tem sido o porto seguro de minha vida.
Vanity Fair: Qual a sua viagem favorita?
Gina: Minha viagem favorita é aquela que contei em meu livro de fotografias. Foram 25 países os quais eu descrevi através de imagens que marcaram meu coração.
Vanity Fair: Quais palavras ou frases você costuma usar mais?
Gina: “Você só vive uma vez”.
Vanity Fair: Qual o seu maior arrependimento?
Gina: Não ser capaz de curar todas as crianças doentes que tenho visto ao redor do mundo.
Vanity Fair: O que ou quem é o maior amor da sua vida?
Gina: Pessoas que são capazes de me fazer sorrir facilmente.
Vanity Fair: Qual o seu corrente estado de espírito?
Gina: Positivo.
Vanity Fair: Se você pudesse mudar algo em você, o que seria?
Gina: Eu gostaria de ser menos impulsiva.
Vanity Fair: Qual você considera ser o seu grande feito heróico?
Gina: Pensar nos outros mais do que em mim mesma.
Vanity Fair: Se você pudesse escolher voltar atrás, o que seria?
Gina: Eu gostaria de ser capaz de voar.
Vanity Fair: Qual a sua mais valiosa possessão?
Gina: Ser capaz de apreciar a vida.
Vanity Fair: O que você considera ser a mais profunda miséria?
Gina: Viver sem a habilidade de se expressar. Seria uma tortura!
Vanity Fair: Onde você gostaria de viver?
Gina: Em qualquer mundo sem injustiça.
Vanity Fair: Qual a sua característica mais marcante?
Gina: Ser espontânea.
Vanity Fair: Qual qualidade você mais admira em um homem?
Gina: A habilidade de amar.
Vanity Fair: Qual qualidade você mais admira em uma mulher?
Gina: A habilidade de viver a vida sem compromissos.
Vanity Fair: O que você mais valoriza em um amigo?
Gina: Ser ele mesmo antes que se esconder por trás de uma máscara.
Vanity Fair: Qual o seu escritor preferido?
Gina: Giacomo Leopardi.
Vanity Fair: Quem são seus heróis da vida real?
Gina: A saudosa Madre Teresa. Pessoas que têm a coragem de lutar pelo que acreditam, sem reter-se.
Vanity Fair: Como você gostaria de morrer?
Gina: Eu não penso na morte. Eu penso na vida.
Vanity Fair: Qual o seu lema?
Gina: “Todos nós nascemos para morrer – a diferença é a intensidade com a qual escolhemos viver”.
Essa mulher maravilhosa e linda povoou a minha adolescência através de seus filmes, como a bela Esmeralda de Corcunda de Notre-Dame ou a Rainha de Sabá, mulher forte e diversificada em talento:atriz, escultora, pintora, soprano, fotógrafa, é também inteligente e sensível. Viva Gina.
Parabéns, pois o registro da entrevista é oportuno e bem-vindo. Comprovado mais uma vez que A Mais Bela Mulher do Mundo é também muito inteligente e magnânima.