Francesca Romana Diana convocou a imprensa para apresentar a coleção de inverno de suas semi-joias, em sua própria casa, pois afinal de contas muito poucos moram tão bem quanto ela, num belo apartamento na Praia do Flamengo, com afrescos da Floresta da Tijuca pintados pela princesa Leli de Orléans e Bragança na sala de jantar. Francesca é uma mulher de muito bom gosto e, quando se tem gosto para criar moda, têm-se para tudo, principalmente para se viver em casa bonita…
Vestindo preto, as modelos mostraram brincos, pulseiras, anéis, colares e a novidade definida pela estilista como “bijou de tête” – diademas, tiaras e até mini-coroas – que, segundo Francesca, voltou a se incorporar aos acessórios diários das suas clientes. Bem, novidade não é. Trata-se de um regresso retrô a um acessório de outras eras, quando as mulheres também enfeitavam os cabelos, faceiras. Um tempo, aliás, em que ainda se usava o termo “faceirice” e todas as mulheres tinham uma tiara para chamar de sua…
A coleção de Francesca é inspirada na joalheria italiana desde seus primórdios – do Império Romano aos dias de hoje, com muito revival de Bulgari…
Abrindo o desfile, Francesca optou pelas pérolas em todos os tamanhos, principalmente as dos rios, que se transformam, adquirindo vários formatos. Pulseiras e anéis com o fundo pintado, sugerindo imagens do Renascimento Italiano. Grandes colares cheios de pedras e cristais e pulseiras largas fazendo alusão ao Império Romano. Muitas hematitas e pedras em tons mais escuros que, para Francesca, devem ser usadas no inverno, principalmente em São Paulo, “mesmo eu amando as pedras coloridas”…
Outra descoberta de Francesca são as haolitas vermelhas, que lembram aqueles rubis “jujuba” das joias de Bulgari (os cabochons). As nova peças da coleção são cheias dessas pedras espetaculares. Como também de muito jaspe e olho de tigre misturados. Metais dourados martelados, nas pulseiras, e ímãs, que prendem os acabamentos. “Tudo fabricado por artesãos cariocas”, lembrou a criadora, elogiando a qualidade de nossos trabalhadores, nem sempre valorizados como merecem. Grande Francesca!…