Vai a Paris em dezembro? Pois coloque desde já em sua agenda a ida fundamental ao Grand Palais para uma exposição que há de fazer história: a das jóias usadas pela realeza e nomes lendários de Hollywood, que estarão na maravilhosa e maior exibição já feita pela maison Cartier, no Grand Palais, através de suas jóias fa-bu-lo-sas.
O anel de noivado de Grace Kelly e peças usadas pela duquesa de Windsor estarão dentre as exibidas na expo, a partir de 4 de dezembro, celebrando a arte e a história de jóias icônicas. A mostra de diamantes não estaria completa se eles não tivessem sido usados também pela eterna diva Elizabeth Taylor.
O maravilhoso anel de noivado de brilhante de Grace Kelly, dado a ela pelo então Príncipe Rainier de Mônaco, visto no filme High Society sendo usado pela própria.
Parte da mostra prestará homenagem a Jeanne Toussaint que se tornou diretora do departamento de jóias de Luxo da Cartier em 1933. Com uma carreira que atravessou as décadas, ela desenhou e criou algumas das mais primorosas jóias. Seus designs incluem o broche de flamingo criado em 1940 a pedido da duquesa de Windsor, Wallis Simpson, uma devota das criações Cartier.
O broche de 9.65 x 9.59 cm foi feito com gemas que pertenciam à própria duquesa com o corpo do flamingo em diamantes, penas de safiras, rubis e esmeraldas. Seu esposo, Edward, o Rei abdicado, comprou para ela um pouco antes do casal sair de sua casa na França durante a invasão nazista.
Toussaint era famosa por ser destemida e politicamente engajada, criando broches de pássaros engaiolados enquanto a França era ocupada pelos Nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Eles eram exibidos nas vitrines da Rue de La Paix, simbolizando o empenho da França ocupada. Um dos broches criados em 1944, após a liberação de Paris, fará parte da exposição mostrando um pássaro livre com gemas nas cores da França. Enquanto isso, diversas peças criadas com inspiração nos Ballets Russes que ilustram os designs pré-Art Deco da Cartier, também farão parte da exposição.
O histórico ´La Peregrina´ de Elizabeth Taylor, que foi um presente de dia dos namorados de Richard Burton que a Cartier transformou em um colar. Possuindo pérolas datadas do Século 16, pertencidas a Rainha Mary Tudor.
Rainha Mary Tudor
A atriz Gloria Swanson pediu a Cartier para criar seu bracelete de diamantes, platina e pedras de cristal em 1930 para celebrar seu casamento com o francês Michael Farmer. Ela pode ser vista com ele nos filmes Perfect Understanding e Sunset Boulevard, bem como aqui acima. Outra peça da exposição.
Já do povo da moda, poderá ser visto o enfeite de cabelo criado por Louis Cartier em 1902 e seus 7cm de altura que foi usado pela estilista Stella McCartney no Met Ball do ano passado.
Barbara Hutton, gosto extravagante, foi uma das melhores clientes da Cartier, quando ainda era uma das mulheres mais ricas do mundo, herdeira das lojas Woolworth. Fã de tigres pediu a Toussaint para criar para ela um broche e par de brincos com a forma de seu animal preferido, feito com diamantes, esmeraldas e onyx em 1960 para o casamento de seu filho.
Já decadente, a atriz mexicana Maria Félix, após uma visita à Cartier em 1975, acompanhada de nada menos que um filhote de crocodilo, pediu à maison que criasse um colar replicando seu animalzinho de estimação; a peça. que quando pronta pesava mais de 126 quilates, foi feita com ouro, cravações de diamantes e esmeraldas. Mais tarde a Cartier atendeu a outros pedidos da atriz, fazendo diversas peças com crocodilos e serpentes.
A exposição é de curadoria de Laurent Salomé, diretor científico da Réunion des Musées Nationaux Grand Palais, com exibição de 600 jóias, dentre elas, 550 do Historic Cartier Collection enquanto 50 são emprestadas de museus e coleções privadas do redor do mundo.
A exposição contará a historia da Cartier da fundação aos dias de hoje através de jóias, sempre fabulosas, a partir de uma peça feita há mais de um século por Louis Cartier, em 1902, e que hoje pertence a um cliente anônimo, americano.
Via Daily Mail
Maravilhoso. Mas uma ressalva importante: María Félix não estava em nada decadente. Abandonou o cinema em 1970 como lenda de beleza , altivez, luxo e personalidade forte. Era em 1975 uma das rainhas de Paris (quando adentrava ao Maxim’s, o violinista lhe tocava ‘María Bonita’, seu hino. Era a Rainha dos hipódromos, dona de 86 cavalos. Sempre aclamada, sempre o cento onde quer que estivesse. ‘La Doña’ María Félix recusou nada menos que seis convites de Hollywood. – A Cartier lhe construiu tesouros. – https://www.facebook.com/pages/Mar%C3%ADa-F%C3%A9lix-Una-raya-en-el-agua/551627078181634?fref=ts
O anel de noivado da Grace Kelly era de brilhante, e não de esmeralda.