Legitimidade é uma palavrinha mágica, sinônimo de elegância. O artificialismo, a presunção, o fake, definitivamente, têm odor de breguice. Mesmo que seja um leve aroma jeca, mas têm. Daí que o natural, o real, a verdade logo provocam encantamento. Como foi a impressão à chegada na casa dos Godinho, no Alto da Boa Vista, onde se casou a princesa Maria Thereza de Orléans e Bragança. Sua mãe, Cláudia de Orléans e Bragança, decorou a varanda da entrada com peças originais da residência, móveis rústicos, outros coloniais, cestos de vime, grades e lustres antigos, arranjos de flores naturais e secas, numa combinação de épocas e estilos, misturando histórias da casa, da família, inspirando tradição real, momentos com sentimento impregnados naquele cenário.
Atravessamos os salões da casa até o jardim atrás, onde foi montada a capela. Padre Jorjão oficiou, em tarde com sua veia poética motivada. Na verdade, uma bênção nupcial, já que o casamento religioso foi íntimo, dias antes, no Outeiro da Glória, com a presença de poucos da família. Porém, era sonho de sempre da noiva a cerimônia naquela floresta doméstica. Embarcamos juntos nessa fantasia e para nós era como se por trás de cada árvore espiasse uma ninfa, um elfo. Maria Thereza, nascida e criada ali, naquele pedaço exuberante da Floresta da Tijuca, engendrou e organizou cada detalhe, com a ajuda da mãe. A irmã gêmea idêntica, Maria Eleonora, veio de Londres para ser madrinha e causou sensação entrando acompanhada de Klaus Theodore pela coleira, o cão mascote da família.
O noivo, Guilherme Zanker, estudou no Teresiano. Lá estavam todos os antigos amigos dele da escola, já casados, alguns com os filhos. Só faltava Guilherme a capitular. O que começou a acontecer quando ele conheceu Maria Thereza, na Toscana, justamente no casamento de um desses amigos, contou em seu sermão o padre Jorjão, que por sinal também oficiou o tal casamento na Itália.
E os grupos assim se dividiam pelas mesas redondas dos salões: os amigos dele, uma alegre e enorme família, os familiares de ambos, toda a Família Imperial Brasileira, as amigas dela desde a infância – e muitas, madrinhas, entraram sozinhas no cortejo, já que o número de mulheres superava o dos padrinhos, e esse lance de ter que fazer tudo certinho, par a par, casal a casal, já foi, é passado, importa é todos ficarem felizes.
Felicidade excedia. No grande salão envidraçado, nomes coroados em todas as direções. Eram empresários bem sucedidos, grandes famílias, mulheres empreendedoras, homens idem. E no salão disco gente jovem e definitivamente linda evoluindo sem régua e sem trégua. .
Assim foi, tal e qual, a história do casamento dessa princesa brasileira, Maria Thereza, com seu encantado Guilherme, sem por nem tirar, sem tirar nem por e, quem tiver mais a contar, que conte outra, porque essa eu já contei. Afinal, Era uma vez…
Olhos nos olhos…
Na exuberância da Floresta da Tijuca, o altar nos jardins da casa do Alto
Princesa Maria Eleonora e Klaus Theodore
Klaus Theodore, o cão com pose e nome de nobre
Bolo enfeitado com guirlanda de flores nas cores da decoração da festa
Cláudia de Orléans e Bragança com as três filhas marias princesas, Maria Eleonora, Maria Thereza e Maria Elizabeth
Ensaio com delicadeza
Havia mesas também ao ar livre.
As fadas e os elfos da Floresta da Tijuca observavam aquele sonho de uma noite de inverno…
Claudia Orléans e Bragança, que é Godinho de solteira, com as amigas Bia Costa e Silva, Juju Müller, Renata Cardim, Luiza Prettyman (o pai da noiva, Francisco de Orléans e Bragança, ao lado), Lilah Moreira de Souza e Lidô Machado
Pablo Trindade de Souza, Maria Elizabeth, Carol Ribeiro e Augusto Fellipi
O vestido da noiva provocou exclamações. Elegante, despojado, bem feito e, além disso, espetacular. É do Atelier White Hall, de São Paulo. Criação de Nana Martinez.
Isabel, Olivia e Sofia
Elizabeth de Orléans e Bragança, príncipe Alexander Stolberg & Stolberg, Ana Gabriela Godinho Ribeiro
Princesas Cristine e Graça de Orléans e Bragança
Com o pai, dom Francisco de Orléans e Bragança
A princesa Cláudia de Orléans e Bragança com a neta, Maria Isabel
As tias da noiva: Tuti, Isabel e Cristine de Orléans e Bragança
Carol Neuman e Augusto Godinho Ribeiro, padrinhos
Padre Jorjão dá a bênção aos noivos. O casamento de fato foi dias antes, só as famílias, no Outeiro da Glória, como é tradição da Família Imperial Brasileira.
Gosto muito da Família Imperial do Brasil. Desejo ardentemente que a nossa Monarquia Parlamentarista seja restaurada. Vamos dar um basta nesta história de sermos representados por republicanos venais, cleptocratas, analfabetos funcionais e despreparados para liderar este País.
Povo lá de Brasilia precisa aprender com a realeza..kkkk
Mais lindo que seu texto, só mesmo lá ao vivo e a cores, como tivemos a felicidade de ver e participar.!
C’était magnifique !