Com as paredes cobertas por belos quadros de seu acervo, trazidos de Milão, Elsa Gardenghi enfim satisfaz à expectativa dos amigos e abre seu bonito apartamento de Ipanema, com o carão voltado para o mar e com a mais bem informada das varandas: aquela que dá para os jardins, as quadras de tênis e as piscinas do Country Club.
Todos, é claro, estavam curiosos para ver o novo endereço da Elsa. Afinal, conhecem seus dotes de boa decoradora, desde seu apartamento tão simpático na 2nd Ave., em Nova York; desde a casa bravíssima na Ferradura, em Búzios, lambida pelas ondinhas do mar e vizinha à casa da Beatriz Larragoiti, no tempo em que a praia ali era só sossego; conhecem o requinte do atual apartamento, elegantíssimo, em Milão; da casa de verão tida em Cap D’Antibes, com o luxo das palmeiras nos jardins e, em seguida, do apartamento com a mais linda vista, que mantém em Cascais.
O apartamento em frente ao Country nada fica a dever. É um pied-à-terre carioca, para os meses de verão. Ela adora se bronzear na praia, e, com aqueles olhões verdes, fica ainda mais bonita.
Foi um jantar para 12, o primeiro de uma série de outros que virão. O ponto forte do cardápio: fusilli al pesto, que a própria anfitriã preparou. É grande cozinheira. O dela leva batata e piñones. Todos elogiaram. Todos repetiram. Muitos competiram.
Dino Trapetti disse que também faz um pesto ótimo. Assim como a Giovanna Deodato, mas o dela leva alho. O da Elsa, não. Claudia Ferraz é outra que tem receita própria. Sugeri um Torneio do Pesto, em data a ser marcada. Todos os envolvidos toparam o desafio. O maior especialista à mesa, príncipe Giulio Durini, aceitou presidir o júri.
Claudia Ferraz, príncipe Giulio Durini, Giovanna Deodato, Henrique Mollica, no jantar da Elsa Gardenghi
Entre garfadas de fusilli e goles de tinto, falamos sobre artes plásticas. Durini, que é um pintor notável, lamentou não ter encontrado em São Paulo uma escola de Belas Artes com modelos vivos. Comentei que já houve, no Rio de Janeiro, aulas com modelos vivos nus na Escola Nacional de Belas Artes, mas o academicismo na formação das artes plásticas foi totalmente soterrado no Brasil. Ele lamentou. Comparou a um músico ou a um dançarino, que não pode ser realmente grande sem antes passar pelo ensino do erudito, do clássico. “O estudo do acadêmico treina e apura o olhar do artista”.
Se, no ensino das Belas Artes, o Brasil decepciona Durini, nas Artes Cênicas ele está literalmente encantado. Compareceu ao teatro da escola da Unirio, no último dia do espetáculo “O livro dos Mórmons”, e saiu empolgado com a qualidade da direção, da produção, da orquestra, dos jovens estudantes atores-cantores-dançarinos, das vozes, de tudo. E também com a beleza daquele conjunto de prédios antigos e históricos da Avenida Pasteur.
A plateia do Teatro da Unirio fervilhava, com famosos inclusive, ocupando até as escadas. De Oswaldo Montenegro a Thiago Abravanel, de Maria Clara Gueiros a Edgard Duvivier a Miguel Pinto Guimarães a Lula Branco Martins. No final foi uma aclamação apoteótica.
O diretor Rubens Lima Jr., super aplaudido, anunciou no palco, que, devido ao sucesso da temporada – 200, 300 pessoas voltando da porta a cada encenação – eles vão continuar o musical no teatro da Net, o nosso amado Terezão!
Com seu amigo Henrique Mollica, o príncipe Durini esticou o pós-teatro na Fiorentina, a pizzaria dos artistas de teatro.
Um carioca da gema… quase.
Dino Trapetti, Gisella Amaral e Elsa Gardenghi, entre Gisela Zingoni e o embaixador Toni Souza e Silva
Claudia Ferraz, príncipe Giulio Durini, Amelinha Falk e Elsa Gardenghi, em fase magra e muito bela