O Casarão Neoclássico do Rio Comprido abriu as portas na segunda noite das inaugurações para outra degustação cultural. No cardápio, como primeiro prato, a remontagem do espetáculo sobre a Chegada da Família Real, que foi apresentado há seis anos na mansão do Cosme Velho, de Roberto Marinho, em jantar de Lily Marinho, celebrando os 200 anos da vinda da Corte Portuguesa para o Brasil. Leia aqui.
Lily distribuiu 150 convidados em mesa única em U, dividida em dois planos, no ambiente do jardim, tendo um grande plotter, ao fundo, reproduzindo um óleo de Nicolas Antoine Taunay, pintor que veio na Missão Francesa.
O menu repetiu as preferências da Corte, os pratos eram de época, ingleses, de prata. Os convidados assistiram ao espetáculo enquanto jantavam. Garçons serviam de casaca e luvas. Todos do staff da Casa Julieta de Serpa, bem como os atores da encenação.
À entrada, os convidados eram saudados por um Napoleão Bonaparte fabuloso – a cauda de sua capa de veludo e arminho descendo escadaria abaixo – fazendo alusão ao responsável pela vinda da família real para nossa terra. Hebe Camargo, Fernanda Montenegro, Marília Pêra, Christiane Torloni, Leticia Birkheuer, um time de divas disputava as atenções com os flamingos dos jardins.
O vice-presidente da República, José Alencar, e dona Marisa. O príncipe dom Pedro de Orléans e Bragança, e dona Fátima, representando seus antepassados. O cônsul-geral de França, Hugues Goisbault. Os mais importantes empresários do país. As herdeiras do Bradesco e do Itaú.
O impacto da apresentação, a expressão cultural, histórica e diplomática da iniciativa, a beleza da noite, o conjunto da obra, o jantar, o espetáculo artístico valeram para a anfitriã Lily Marinho a comenda da Ordem do Rio Branco, proposta pelo Vice Presidente da República, José Alencar. Para o professor Carlos Alberto Serpa, houve o convite para reapresentar sua encenação em Brasília, no Ministério das Relações Exteriores, com toda a Corte da República aplaudindo o desempenho da Corte monárquica de Portugal.
Pois numa noite iluminada pelos spots do jardim, que refletiam sobre uma grande escultura de Nossa Senhora da Glória e um laguinho com fonte redonda, e refrescada por uma chuvinha necessária nesse tempo seco, os Serpa deram a um minúsculo grupo de aliados, parceiros e colaboradores da Fundação Cesgranrio o privilégio de reviverem aqueles momentos únicos até então.
Era o Segundo Ato da inauguração do Casarão Cultural Cesgranrio, que na manhã de hoje teve seu evento final da abertura, com bênção de Dom Orani Tempesta, concerto campal de Orquestra Sinfônica e breakfast.
E aguardem o Grande Jantar de Gala de Maria Antonieta, em data a ser marcada.
Carlota Joaquina, descrita como “horrenda”, pelos historiadores, e Dom João VI desembarcam no Brasil. Os figurinos são de Beth, o texto do próprio Serpa.
Dona Maria, a Louca, vê fantasmas, enquanto Dom João VI empreende um reinado com muitas realizações, trazendo grandes progressos para o país com sua estada aqui
Carlota Joaquina, a rainha fogosa, chamava o Brasil de “terra de negros e carrapatos”, mas, segundo seu texto na peça, bem que era chegada num afro de Debret
Dom Pedro I se encanta pela princesa austríaca Leopoldina, a primeira Imperatriz do Brasil…
… e no início tudo são flores…
… até surgir a sensual paulista Domitília, a Marquesa de Santos, aqui à direita na foto
Morre Leopoldina e a corte europeia providencia uma nova imperatriz para o Brasil: dona Amélia, neta de Maximiliano José, rei da Baviera, e neta pelo lado paterno de Josephine Bonaparte
Dom Pedro I repudia a Marquesa por Amélia
Ao final da encenação histórica, o entusiasmo da plateia é grande
Em seguida… a Cesgranrio Jazz Band
A crooner Sara… não, não é a Vaughan, é a Sara Marques mas a voz também é uma delícia
Serpa e a educadora Maria Helena Guimarães, que voou de Campinas especialmente para a celebração, abrem a dança. No governo FHC, Maria Helena coordenou o Inep, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, que implantou o sistema de avaliação no ensino brasileiro com o Provão…
… O swing era bom… da orquestra e dos dançarinos…
… Maria Helena, que trabalhou com o ministro Paulo Renato de Souza, chegou a ser cotada para substituí-lo, quando ele deixou a pasta…
… ela entende de Educação e de Evolução
O maestro Eder Paolozzi da orquestra Cesgranrio
O baterista Ayres com os cantores Sara Marques e Santiago Villalba
Beth Serpa, a Dama do Casarão, vestiu-se toda no tom saumon, até no colar Art-Déco. Muito chic.
Paula Almeida, de Pucci turquesa, como uma onda no mar
Gisella Amaral veio direto do aeroporto, de São Paulo, onde passou a noite no velório do cunhado, Henrique Amaral, irmão caçula e grande parceiro do Ricardo em vários empreendimentos. Ela abraçou os amigos, assistiu ao espetáculo e foi pra casa fazer companhia ao marido, sem jantar nem ouvir a orquestra de jazz.
Carlos Alberto Serpa cercado pelas jovens e talentosas atrizes da companhia estável de teatro da Casa Julieta de Serpa: Etiene Mascarenhas, Camila Lourenço, Roberta Spindel, Luisa Schukrig, Ana Padilha, Dedeh Melo
Maninha e Leleco Barbosa
As professoras Nilma Fontanive e Vanessa Garcia
O cantor ator Santiago Villalba e Belita Tamoyo
Professor Antonio Celso, prestes a ser empossado Imortal da Educação, e Monica Pereira
Com minha querida amiga Lilian Gurgulino, que já embarcou para Paris
Roberto e Maria Judith Lins e Imacaia Galvão
Paula Almeida, Sara Marques e Mariza Monteiro
Fotos de Marcelo Borgongino
Lindo mesmo, mais os reis de Portugal não usavam a cora desde 1646, quando Nossa Senhora da Conceição foi coroada Rainha de Portugal,nenhum monarca portugues usou a coroa sobre a cabeça desde então
Heitor Gurgulino e Carlos Alberto Serpa, dupla de craques.