Betty Lagardère – Depois de se desfazer em leilão de sua coleção de roupas bordadas tailandesas, saias indianas, caftans diáfanos de onças e tigrezas (Idinha Seabra adquiriu um), peças francesas prêt-à-porter e algumas haute couture YSL, minaudières de strass de Judith Lieber (Eliana Moura comprou todas as cinco), bolsas de couro de Hermès e Céline, um recheio inteiro de uma casa de praia de bom gosto – porcelanas, copos, cestaria, jogos americanos, guardanapos até – pratas italianas, alguns móveis (a mesa de leitura, Carmen Mayrink Veiga amou ao ver no catálogo, e a filha Antonia Frering arrematou para ela), bem, depois desse “descarrego” material de 700 peças que lhe pesavam a vida, Betty, leve como uma pluma, etérea como uma inspiração, realizou o que poderia ser o projeto de sua vida: publicou um livro!
Ela, que na França sempre esteve cercada de gente das letras – filósofos, romancistas, jornalistas, historiadores – abriu ontem seu endereço na Vieira Souto para apresentar a todos sua obra prima, a masterpiece: o livro “Tenho apetite de almas”, uma fotobiografia inteiramente dedicada à vida e à obra da amiga imortal Nélida Piñon.
O título foi escolhido por Betty a partir do romance “Guia mapa de Gabriel Arcanjo”, obra com a qual Nélida Piñon estreou na literatura em 1961.
O lançamento oficial nas livrarias será em março de 2014.
Nélida Piñon, a fotobiografada, Betty Lagardère, a autora, e a pilha
Jorge Mautner, Luiz Carlos Barreto, Lucy Barreto e Geraldinho Carneiro
Nélida e José Murilo de Carvalho
Ex-ministros da Cultura Gilberto Gil e Eduardo Portela e ex-secretária da Cultura, Helena Severo
Antonio Cícero e Stevão Ciavatta
Ex-ministros da Cultura, Weffort e Gil
Geraldinho Carneiro e a vilã insuperável Christiane Torloni
Nélida Piñon e a fotógrafa Cristina Granato
Belo portrait: a arqueóloga Maria Beltrão e a autora Betty Lagardère