Estreou no domingo, sem qualquer divulgação, o espetáculo “Cine Atlântida – Uma chanchada musical!”. Não houve sequer anúncio em jornal, rádio, TV, convocação no Facebook, muito menos faixa de aviãozinho sobrevoando as praias, cartazes colados nos muros ou filipetas. Ao contrário, foi o próprio público que telefonou insistentemente para a bilheteria da casa, indagando quando haveria nova estreia e, antes da hora marcada para o início, todos os lugares já estavam ocupados.
Que mistério explica uma plateia assim determinada e confiante? Elementar: o trabalho de fidelização iniciado há seis anos pela Casa de Cultura Julieta de Serpa, em seus chás com teatro, apresentando peças musicais sempre de grande qualidade, atores cantores da melhor jovem safra do teatro nacional, figurinos luxuosos e capotantes assinados por Beth Serpa, orquestra ao vivo e texto sempre inspirador, com tintas de nostalgia, bem como o repertório, que nos fazem sonhar, voltar no tempo, nos sentir contentes, belos e revigorados.
E pouco a pouco vamos nos deixando contagiar por toda aquela beleza, cantamos junto, soltamos os braços ao embalo das músicas, assim como soltamos o riso ou mesmo as gargalhadas, para ao final aceitarmos o convite amável dos dançarinos e dançarinas e nos pormos a bailar com eles, sambar em fila, como se a juventude nos tivesse arrebatado de volta em suas asas, num momento de descontração que, confesso, não tem preço.
Assim foi no último domingo, quando assisti à primeira récita de “Cine Atlântida – Uma chanchada musical!”.
No aperitivo, antes de começar o show, projeções no telão de cenas das antigas chanchadas da Atlântida, Anselmo Duarte, Eliana, Adelaide Chiozzo, Zé Trindade, Ankito, Grande Othelo, Oscarito, Ângela Maria, Marlene, Emilinha e seus fãs clubes, todos lá…
Em seguida, os atores iniciam a peça, quando um grupo de simpáticos “empresários” pilantrinhas embarca num transatlântico levando um elenco “genérico”, se fazendo passar por Anselmo Duarte, Eliana, Adelaide Chiozzo, Zé Trindade, Ankito, Grande Othelo, Oscarito, Ângela Maria, Marlene, Emilinha e seus fãs clubes.
No recheio disso tudo, um rubi desaparece, roubado pelo mágico de bordo. E aí começa a diversão…
Um programa muito bem refrigerado, salgadinhos ótimos, docinhos irresistíveis, que eu absolutamente recomendo a todos vocês. Principalmente a TODAS vocês, frequentadoras, que já conhecem (ou não) os chás com teatro da Pérgula da Casa de Julieta, com seu elenco fixo de 50 artistas e técnicos liderados pelo produtor geral e diretor da Companhia, professor Carlos Alberto Serpa.
Depois, me agradeçam a dica! 😉
O Mágico rouba o rubi e as ajudantes do mágico nos fazem rolar de rir
A cena do balcão de Romeu e Julieta que Grande Othelo e Oscarito viveram no cinema
OS figurinos de Beth Serpa, bonitos, bem feitos, fazem parte do encantamento
Atores-cantores da melhor safra do teatro brasileiro
O número da Boneca de Piche é um luxo
Bandeira branca, amor…. e dá-lhe Dalva!
Ao final, o público participa do espetáculo, aceitando o convite dos artistas, e tudo vira um grande baile de verão…
Fotos Marketing Casa de Cultura e Arte Julieta de Serpa
Bem interessante.
Só faltou minha querida Hildegard Angel da os nomes dos atores da peça, gosto de ver o Nego Maia interpretando. Mas o comentario da peça esta otímo, a casa sempre apresenta boas peças, ja assisti duas na Casa de Cultura Julieta de Serpa. Parabens ao elenco.
Que Maravilha.
Quero muito ver
Em fevereiro estarei no Rio.
Eles são perfeitos em tudo que fazem.
Boa dica….
Bjsssss
Juro que não soube, Hilde. Adoro tudo que lembra a minha infância.
Infelizmente, muitos jovens de hoje, nunca assistiram as chanchadas da Atlântida, e nem tão pouco, sabem quem foi Anselmo Duarte, Eliana, Adelaide Chiozzo, Zé Trindade, Ankito, Grande Othelo, Oscarito, Ângela Maria, Marlene, Emilinha, Odete Lara, Vanja Orico, Tonia Carreiro, Mazzaropi, Carlos Manga, etc… Parabéns ao Professor Carlos Alberto Serpa e sua esposa, Beth Serpa!!!