“Até que a morte os separe”
Em todos os lugares dos bancos, um livrinho para se acompanhar a cerimônia. Igreja na lotação certa, poucos ruídos, nenhum farfalhar, raros pescoços se voltavam para traz. Uma cerimônia de fé, rápida e compenetrada, iniciada pela leitura do Gênesis. Em seguida: “Prometo amar-te e respeitar-te, na saúde e na dança”, pudemos ouvir o noivo,Rodolfo Barreto, dizer e a noiva,Maria Rita Drummond, responder quase que num sussurro, leve como seu vestido. “Que Deus confirme este compromisso e desça sobre vós a sua bênção. Que ninguém separe o que Deus uniu”, disse o oficiante, antes da bênção das alianças de ouro amarelo, que o pajem trouxe em sua salvinha de prata. Depois do “parabéns, estão casados”, escutamos os acordes da orquestra: Mozart,Ave Verum, sopranos angelicais, quase vozes de castrati…
A noiva dobra naturalmente o joelho, para comungar. Coisa de quem teve religião em casa desde o berço. Eis um casamento para ficar, pensei. Todos pensamos. O universo vibrava na mesma sintonia: os fotógrafos eram discretos, os cinegrafistas deslizavam imperceptíveis, as recepcionistas trabalhavam sem se fazer notar (da equipe corretíssima deAnna Carolina Werneck)…
Por fim, escutamos o “concedei-lhes que eduquem seus filhos segundo o Evangelho”. Cerimônia terminada. Duas testemunhas assinam o livro. Uma delas, Maria Clara, a irmã da noiva, de coque, vestido roxo-ameixa curto, com estola, pluminhas no mesmo tom na barra, bem feitérrimo, e não foi o Gui-Gui. Foi a costureira Jesus, ótima, atelier em Copacabana…
Sai o cortejo ao som de Jesus alegria dos homens. Os noivos, os pais e as mães impecáveis – Tereza Drummond, num Gui-Gui marinho e branco de poás, todo plissado, Monica Aranha Barreto, de vermelho rubi fechado, trazido de Nova York. Padrinhos no mesmo chique, sem peruagens, nadaover, perfeito equilíbrio naquele séquito. E juntos atravessamos a pé a Rua Primeiro de Março até a festa, do outro lado, no Paço Imperial…
Vejam aqui as fotos de Sebastião Marinho, e aguardem porque ainda tem mais um capítulo e mais fotos capotantes…
Monica Aranha Barreto e Maria Teresa Drummond, as mães dos noivos
Antonio Alberto Gouvêa Vieira, príncipe dom Alberto de Orléans e Bragança e William Prettyman
Mirna e Paulo Bandeira de Mello, na recepção
Camila Schnarnbors, Luisa Celidônio e Paula Beirão
Princesa Maria Pia de Orléans e Bragança
Paulo Marinho e seu filho, Daniel
Pedro e Lúcia Grossi