Omar Peres, o Catito, é dono das casas mais emblemáticas do Rio de Janeiro – a Fiorentina, o Bar Lagoa, o Hippopotamus. Já conduziu dois estaleiros, o Verolme e a Netumar. Tem uma cachaça com seu nome. Em sua fazenda Guaritá, desliza sobre trilhos uma Maria Fumaça autêntica. E é sobre os trilhos que ele pretende, como governador, reconduzir o Estado do Rio de Janeiro no caminho de sua antiga liderança do desenvolvimento e do progresso, contando para isso com a indústria naval, com a linha de montagem dos navios e com as encomendas da Petrobras, que deve voltar a gerar empregos aqui no Brasil, no Rio de Janeiro, não na China ou na Coréia, como passou a fazer.
Esse mérito ninguém lhe tira. O empresário Omar Resende Peres – o Catito – foi o primeiro a se apresentar, nas mídias sociais, como candidato independente ao governo do Estado do Rio de Janeiro.
Bem articulado, com um discurso objetivo e de fácil compreensão, em pouco tempo Catito conquistou uma grande legião de seguidores, admiradores fiéis, que tudo comentam e quase tudo aplaudem. São votos garantidos. Com este animado e super participativo nicho eleitoral do Facebook, a campanha de Catito só cresceu. Em seguida, veio o slogan, muito bom por sinal, O Rio corre para Omar (lembrando O Rio é Nilo, de Nilo Baptista quando foi candidato à reeleição). Um jingle também foi composto e gravado por uma eleitora entusiasta de suas ideias. Eu, pessoalmente, optaria pelo já consagrado Catito mio
Quanto ao partido, Catito negociou com o presidente Lupi, do PDT. A legenda não lhe foi negada, mas também não foi ainda confirmada, Catito é pré-candidato. O que não o impede de continuar firme em campanha pelo Face, já em viagens pelo interior do estado e concedendo entrevistas à mídia impressa e à TV. Como a dada sábado à noite ao programa do jornalista Ricardo Bruno, Jogo do Poder, na CNT.
Catito já acertou ao optar pelo PDT, na esteira do carisma de Leonel Brizola, cuja memória ressurge com enorme força neste momento brasileiro. Ao olhar da História, Brizola cresce por sua sabedoria política e a singular sensibilidade social. Na entrevista à CNT, o pretendente ao governo do Rio demonstra conhecer as necessidades do Estado e ter pronto um projeto para ele. Deveria ser o beabá de qualquer candidato, mas não é o que acontece.
Empresário da indústria naval, Catito escolheu apresentar-se ao eleitorado com seu perfil empresarial, não o de político, apesar de já ter ocupado uma secretaria no governo de Itamar Franco, em Minas Gerais. Sabe que, hoje, experiência no poder público não qualifica. Ele tem uma proposta para o Rio de Janeiro, acredita na retomada de seu desenvolvimento através da indústria naval, vê nesse caminho uma saída. E tem argumentos. É animador assisti-lo.
No seu caldeirão de ideias que pretende colocar em prática, borbulha o legado humanista de Brizola. Critica os “mandados coletivos de busca”, que autorizam revistas indiscriminadas, pela polícia, das casas dos moradores das favelas, “onde 99% são pessoas de bem”, e sonha sonhos de Darcy Ribeiro, por um ensino escolar abrangente, que forme cidadãos plenos, preparados para viverem este grande desafio que é ser brasileiro.
Se Catito for eleito, teremos uma primeira dama bonita e preparada. Ex-correspondente internacional da Rede Globo na Itália por muitos anos, Lenise Figueiredo ainda vive em Roma, com seus dois filhos, e faz com frequência a ponte aérea Roma-Rio-Roma para estar ao lado de Omar. Foto de José Peres.
Nas frigideiras do noticiário político espocam, como pipocas, nomes para cargos majoritários de candidatos impossíveis possíveis. O ano 2018 bate à porta e estamos todos ainda no ar. Fora do ar. Sem ar. Os ares da política nos intoxicam. A tradição política, em vez de contar pontos para os concorrentes, subtrai.
A maré está pra Bernadinhos e Hucks. Até já emplacou um Doria na maior prefeitura do país – no momento lutando com bravura para interromper a oscilação (pra baixo) do ponteiro de sua popularidade.
Mais um pilantra! Conheço bem!
Renovar é preciso, o mesmismo estagna e contamina. Visão empreendedora e articulação com o setor produtivo geram oportunidades. A arte da política se evidencia quando se tem o que oferecer: trabalho! Rio de Janeiro é Brasil para o mundo.
Boa sorte, que vença o melhor para o Rio. Um pequeno detalhe: a música mencionada no artigo se chama “Cachito”, imortalizado por Nat King Cole, apesar de soar “Catito” aos ouvidos Brazukas….
Tem a cara do ciro. Já passou por diversos partidos, entre eles o PDT. Juiz de Fora disse “NÃO” a ele em 2008. Estamos à deriva. Eis tudo.
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um líder empresarial que o Rio precisa! Minha família é de Cordovil, zona norte do Rio. Espero que ele não se esqueça dessa parte do Rio abandonada e sofrida!
Na minha visão, embora não conheça Catito, Brizola e Darcy Ribeiro (grandes brasileiros), celestialmente, já apoiam a candidatura deste sensato cidadão… para o bem do Rio e, também, do Brasil. Boa sorte, via Hilde, Catito.
EM TEMPO: Muito oportuna a matéria, pois é preciso saber diferenciar os meros aventureiros e oportunistas de ocasião de alguém com propósito de vida e espírito público. Talvez Omar tenha se preparado a vida toda para este momento da história em que o que mais importa é caráter e competência e não ilusionismo populista e demagógico. Chega de canalhice com a coisa pública. As velhas raposas não enganam mais ninguém, com exceção dos reiteradamente incautos.
Omar é um homem probo e empreendedor, com capacidade para dar um toque de Midas no Rio com sua inteligência e equilíbrio. O problema é se os maus eleitores e os maus políticos vão deixar. Os primeiros por interesse ou ignorância e os últimos para não perder seus feudos. Se superar o velho jogo do toma lá dá cá da máfia política e a irresponsabilidade histórica do hoje frustrado eleitor, tenho certeza que vai surpreender e talvez se torne um divisor de águas na história de um dos mais importantes estados da federação. Espero que o Rio corra para Omar. Ou irá para o esgoto.
Omar é um homem probo e empreendedor, com capacidade para dar um toque de Midas no Rio com sua inteligência e equilíbrio. O problema é se os maus eleitores e os maus políticos vão deixar. Os primeiros por interesse ou ignorância e os últimos para não perder seus feudos. Se superar o velho jogo do toma lá dá cá da máfia política e a irresponsabilidade histórica do hoje frustrado eleitor, tenho certeza que vai surpreender e talvez se torne um divisor de águas na história de um dos mais importantes estados da federação. Espero que o Rio corra para Omar. Para que não corra o risco de virar esgoto.
Está difícil saber se um candidato será bom governante diante de tantas decepções que tivemos.