Fileira com três socialites* numa sessão de Lincoln no Shopping da Gávea e, ao lado, uma dita mequetrefe* com um saco cheia de pipoca. A socialite* da ponta reclamou: “Seu barulho comendo pipoca está me incomodando”. E a mequetrefe*: “E o cheiro de seu perfume a mim”. Foi-se o tempo em que os mequetrefes* deixavam-se intimidar pela aristocracia*…
(*sem fazer juízos de valor sobre socialites* ou mequetrefes*, apenas utilizando com ironia os termos em voga*, querendo identificar segmentos sociais, evidência e anonimato, e não elevar ou diminuir, entendam-me bem, por favor)
Saindo da mesma sessão, do mesmo Lincoln, no mesmo Shopping da Gávea, anotei: o jornalista político Wilson Figueiredo, a jornalista Carmen Aurélia e o senador Francisco Dornelles com Cecília, ainda mais em forma do que sempre, retornando de mais uma temporada no Kurotel...
O senador Dornelles desceu a escada rolante, de saída do cinema, e não viu que o neo-petista José de Abreu, próximo candidato a deputado federal, confabulava numa mesa de lanchonete ao pé da escada, com sua assessoria política, que lhe rezava o beabá da futura atividade. Se ambos se tivessem visto e falado, Zé teria ganho um grande mestre político e Chico um excelente discípulo…
Zé de Abreu ainda tinha a lhe zumbir nos ouvidos os aplausos frenéticos do público, pela apresentação momentos antes da impagável comédia Bonifácio Bilhões, de João Bethencourt, com que ele tem feito lotar as sessões do Teatro Vanucci (logo em frente), ao lado de Tadeu Mello e Márcia Cabrita…
Olha eu aí, gente, cumprimentando o Zé de Abreu após a sessão do Bonifácio Bilhões, em que rolei de rir junto com a plateia, e me emocionei, quando a Márcia Cabrita, ao final, anunciou minha presença e disse que eu fui a primeira atriz a viver, no palco, o papel dela (Alzira), na peça de João Bethencourt, em 1975 (na verdade, começamos a ensaiar em 75 mas estreamos em 1976). E aí, veio o Zé, no mesmo palco, e falou que foi por causa da morte de minha mãe (assassinato) durante a temporada da peça que eu abandonei a carreira, e falou do meu irmão, e foi aquela emoção, a plateia aplaudindo, Francis (meu marido) apertando minha mão pra eu segurar o choro, e eu segurei mais ou menos, pois, desta vez (a primeira), o Francis estava sem lenço no bolso… (Foto Renam Brandão)
Bem, prosseguindo as amenidades dominicais, que a gente também merece…
Guilhermina Guinle nem ligou para as bolas pretas do Country Club na quarta-feira. Aliás, se é que ficou sabendo delas. Pois estava e continua em temporada solar com o namorado advogado Antonelli, na Ilha de Fernando de Noronha, totalmente inacessível…
O casal mais feliz do momento é Alicinha Silveira e Marco Rodrigues. Depois de uma viagem por Nepal, Taj Mahal, Paris, papapapá, foram agora para Jericoacoara, no Ceará, de onde voltaram hoje, com sorrisos que dão voltas de 360º…
1 – O máximo foi o jantar de aniversário do Doug Mayhew, autor do festejado livro Inside Favelas, que recebeu com seu partner forever Roberto Caballero.
2 – O jantar do Doug foi assim: sentado, dois garçons servindo. É bom porque a conversa rola. Jantar buffet só é bom quando o jantar é chato, porque você pode ir se servir e fazer uma pausa na chatice das conversas. Ou dos silêncios…
3 – Comida de casa. Da cozinheira do lar. Canapês criativos inventados pela própria Claudia, tudo uma delícia. Jantar óóóótimo. Com o Ó assim, bem aberto, pra vocês perceberem o quilate do elogio. Pra tudo terminar num irresistível cheese cake, pois o Doug é americano e soube transmitir direitinho a receita da família dele pra Claudia.
4 – Ocupando-se em não deixar farelo sobre farelo: Antonie e Michaela de Charbonnière, Valerie Le Heutre, Pedro e Nando Grabowsky (passaram Réveillon em Cartagena, onde encontraram a Manu e o barãozinho de Waldner e a temporada estava ótima, havia váááários brasieliros, eram festas e mais festas e coisa e tal), Ted e Teresa Seiler (animada porque vai casar a filha Carol, em novembro, na Locanda della Mimosa com o filho da Rosa Cordeiro Guerra, duas famílias amigas que se unem), Vera Bocayuva, Bel Augusta…
5 – Houve “Parabéns pra você” em português e em inglês, porque agora o Rio é internacional, inglês, português, francês, espanhol, italiano…
O carnaval come solto No Rio de Janeiro, em todas as janelas, segurem esse bloco aí passando debaixo da minha
É Hildezinha, dessa vez foste mal.Já viste no AURÉLIO o que significa “mequetrefe = joão ninguém. Apesar da justificativa foste mal…mesmo. Gosto muito de suas opiniões e do que escreve. Tanto que não passo um dia sem consultar o teu blog. Mas… como disse, impulsividade para quem é formadora de opinião, não é uma boa pegada. Pensar… pensar… e pensar e depois colocar no papel. Desculpe, mas muitas dessa cheirosas “socialites” um dia já foram mequetrefes. Elas devem estar injuriadas!
Olá Hidelgard de Angel,
Aprecio muito ler a sua coluna. Acho-a informativa, leve, e de muito bom gosto. Fiquei surpresa, no entanto, com um comentário por você escrito no dia de hoje (Fev.3, 2013). Trata-se do comentário sobre o incidente com duas pessoas em um cinema no Shopping da Gávea. Seu post relata o barulho de uma ao comer a dita pipoca, e da outra em estar possivelmente muito perfumada. Ambas, no entanto, demonstrando pouca educação e desconsideração com o próximo, o que infelizmente é um hábito muito comum do povo brasileiro, sendo inclusive esse tipo de comportamento (uso extremado de perfume e barulho ao comer em público) bastante comum de se encontrar em salas de cinema, teatro, e restaurantes do Rio de Janeiro e outros estados.
Me causou espanto, no entanto, você desmerecer em seu relato uma senhora em prol de outra; em sua descrição, uma seria “mequetrefe” e outra seria “socialite” e da “aristrocracia”. Ora, por favor, isso é um comentário desnecessariamente elitista, bastante leviano para uma pessoa que escreve para o grande público, e totalmente politicamente incorreto. Me causou tremendo descomforto ler esse comentário e, na verdade, muito constrangimento ao ver uma jornalista de renome expor esse tipo de pensamento.
Eu nunca em minha vida inteira escrevi para um jornal. Não gostaria que meu nome ou comentário fosse exposto. Somente queria te dar um toque construtivo sobre esse que eu considero um comentário leviano, preconceituoso, absurdo, e irresponsável.
Acredito que você receberá uma saraivada de mensagens críticas sobre esse seu post; a minha portanto, será mais uma; faço-a contudo com respeito ao seu passado de jornalista lúcida mas também com uma tremenda decepção em ler algo tão chocante e sem sentido.
Sinceramente,
Tania Nery Kjerfve
Obrigada por seu comentário. Alertada por ele, acrescentei o seguinte parágrafo abaixo da nota em questão:
(*sem fazer juízos de valor sobre socialites* ou mequetrefes*, apenas utilizando com ironia os termos em voga*, querendo identificar segmentos sociais, evidência e anonimato, e não elevar ou diminuir, entendam-me bem, por favor)
Espero que ele coloque a questão em seu lugar
Beijos
Hilde