Foram 120 pessoas reunidas hoje em almoço no Clube de Engenharia para homenagear o corpo técnico da Petrobras e o seu ex-diretor de Exploração e Produção, Guilherme de Oliveira Estrella, chamado de “o pai do pré-sal”, pelo muito que contribuiu na exploração e na descoberta desses campos.
Salão lotado. A diretoria do Clube e seus associados, funcionários da Petrobras, representantes de entidades da sociedade civil e Poder Público, o presidente da Sociedade Brasileira de Geologia, Marco Aurélio Latgé; o deputado estadual Robson Leite (PT-RJ); a presidenta da Associação Brasileira de Geólogos de Petróleo, Sylvia dos Anjos, a diretora do Sindicato dos Engenheiros do Rio de Janeiro, Lusia Oliveira.
O atual diretor de Exploração e Produção da Petrobras, José Miranda Formigli Filho, lembrou o tempo em que trabalhou com Estrella e fez, em nome da Petrobras, um agradecimento público. “Aprendi muitas coisas com Estrella. Entre elas, as mais importantes são a paciência e a tolerância. Ele influenciou diretamente a minha formação como cidadão. Como empregado da Petrobras, agradeço o privilégio de estar nesta homenagem que o Clube faz ao time de profissionais de todas as áreas da companhia, um conjunto de milhares de pessoas que trabalham diariamente para promover o desenvolvimento do nosso acionista majoritário que é o Brasil”, disse.
O deputado estadual Alessandro Molon também foi enfático: “Nos seus 61 anos, a Petrobras teve o privilégio de, por 40 anos, contar com Guilherme Estrella em seus quadros, um modelo de cidadão, Ele reúne competência técnica, rigor ético e compromisso político. Acima de questões partidárias, Estrella sempre trabalhou com uma visão política de país, de engenharia nacional e da Nação que queremos construir”.
O presidente do Clube de Engenharia, Francis Bogossian, enfatizou o aspecto do nacionalismo: “Realmente preocupado com o destino do país, Estrella fortaleceu a ideia de que o petróleo aqui encontrado deve ficar no Brasil. Homenagear Estrella é homenagear a Petrobras e as empresas genuinamente brasileiras. Esses três estão irmanados, intrincados e não podem ser separados”, declarou.
A deputada federal Jandira Feghali lembrou a história de lutas nos 61 anos da Petrobras. “Quando pensamos na luta de “O Petróleo é Nosso”, no que foi defender a Petrobras durante todo o processo do neoliberalismo, quando pessoas se empenharam para privatizá-la ou transformá-la em algo menor, e quando vemos, hoje, em pleno processo eleitoral, o que se tenta fazer com a empresa, entendemos que a luta não termina nunca. Não podemos submeter a Petrobras a esse embate político. Investigar, sim. Fragilizar e desmoralizar a Petrobras, jamais”, discursou.
O presidente do Crea, Agostinho Guerreiro, deu ênfase à capacidade técnica do país, de que a Petrobras se tornou símbolo: “A Petrobras é uma riqueza que precisamos defender. Esta é uma luta persistente, ininterrupta e coletiva. Cada um precisa fazer a sua parte por uma companhia que segue realizando, cada dia mais, o melhor pela Nação e pelo nosso povo”.
O homenageado Guilherme Estrella, conselheiro do Clube, um homem sabidamente discreto, recebeu com sobriedade a solidariedade e o apoio, estendendo as homenagens aos quase 100 mil funcionários da Petrobras, que vem enfrentando ataques sistemáticos da mídia, com o aparente objetivo de manchar a imagem da companhia e enfraquecê-la perante a opinião pública.
Ao final da cerimônia, emocionado, Estrella subiu ao púlpito para agradecer e transferiu toda e qualquer homenagem à Petrobras e a seu corpo técnico. “Sou um cidadão absolutamente comum, com defeitos e qualidades, mas tive uma enorme sorte na vida, que foi entrar na Petrobras. Minha cidadania e minha personalidade profissional se formaram ali”, lembrou o conselheiro.
“Em mais de 40 anos – prosseguiu – sempre participei de equipes de brasileiros. Conheci várias gerações de geólogos, engenheiros, geofísicos, que eram exatamente isso: brasileiros preocupados com o seu país, que se dedicam à profissão e à soberania nacional. Eu sou produto disso. Sou produto da Petrobras”, disse.
Sobre as manchetes negativas de hoje, envolvendo a Petrobras, Estrella defendeu a necessidade de se diferenciar a companhia em si de alguns de seus quadros que possam ter se envolvido em ações ilícitas: “Aqueles que fizeram malfeitos devem ser punidos exemplarmente. Porém a linha gerencial da empresa e todos os seus funcionários representam a companhia e são muito maiores e mais fortes do que tudo isso, Vulgarizar a importância da Petrobras para o Brasil e para o povo brasileiro é inaceitável”, afirmou, mostrando indignação.
Guilherme Estrella encerrou sua fala com a defesa das empresas genuinamente brasileiras, de capital nacional.
Rebatendo os que dizem que defender a priorização do capital nacional é xenofobia, Estrella deu exemplos de países com políticas claras de priorização de empresas de capital nacional, como França, Alemanha e Estados Unidos:
“Como fica a soberania nacional assistindo à compra generalizada de empresas brasileiras por empresas estrangeiras? Será que França, Alemanha e Estados Unidos são xenófobos ou nações independentes e soberanas que defendem seus interesses estratégicos? Não há outro caminho senão resgatar o texto constitucional de 1988, jogado no lixo pela onda neo colonizadora e dependente exibida pela reforma constitucional de 1988”, finalizou, enérgico.
Aplausos gerais
A Petrobras é o símbolo da capacidade e qualificação técnica do trabalhador brasileiro e, por conseguinte, da pujança e força do país no rumo de sua soberania e auto determinação e por isso querem tanto golpeá-la e caluniá-la como fazem todos os dias os meios de comunicação corrompidos pelos interesses transnacionais. Essa empresa nunca cresceu e diversificou tanto as suas áreas de atuação e influencia e querem nos convencer que está em situação difícil como dizem os analfabetos políticos ou mal intencionados. Os números da performance da empresa não mentem.
Difícil entender como uma pessoa de tamanha qualificação, que se diz ético, correto, honesto e o escambal, ficou tantos anos em uma Diretoria com esquema pesado de corrupção e não viu nada, nem imaginava o que estava rolando? Eu, heim?
Mas não consigo entender uma coisa. A Petrobrás foi dilapidada por elementos indicados pelo PT e agora Molon e outros vem com esse papo de que precisamos salva-la? Esses 12 anos de PT a sucatearam, bem como acabaram com a única cia. aérea internacional que o Brasil tinha. Não vejo sinceridade nesses papos corporativos. Me tiram do sério.
Discordo do senhor. A Petrobras não está em situação pior do que as outras petrolíferas internacionais, o que ocorre é que isso a nossa grande imprensa não conta e parece não ter interesse de contar.
Quanto à companhia aérea internacional, nossa fabulosa Panair do Brasil, empresa internacional, foi fechada e arrasada sumariamente pela ditadura militar, gozando de plena saúde financeira empresarial, com um patrimônio fabuloso, que significava mais de três vezes seus débitos, e sobre isso não há nem jamais houve comentários ou defesa. Sem esquecer que a Varig estava falida e era mal gerida. Não estou fazendo a defesa do fechamento da Varig da forma como foi feito, sua venda seria a melhor solução. Acho que deveria ter sido de outra forma, o governo deveria tê-la encontrado e garantido aos seus funcionários as devidas garantias trabalhistas às quais tinham todo o direito.