O vice-presidente José Alencar acaba de sair da UTI do Hospital Sírio e Libanês e passou para a unidade semi-intensiva. Os médicos investigam, cuidadosamente, a dosagem do remédio que está causando a retenção de água no paciente e da diurese.
Alencar, que voou ontem para São Paulo, no oxigênio, e foi transportado de cadeira de rodas, passou a noite de quinta-para sexta, em casa, dormindo sentado, maneira encontrada para conseguir algum conforto, a partir da crise de falta de ar. O problema começou às 23h de quinta e se estendeu até uma da manhã, quando ele foi visto pelo médico no Palácio do Jaburu. O atendimento durou até 4h da manhã, com o médico ministrando medicamentos para diminuir a pressão, durante o edema pulmonar agudo. Só depois de a pressão controlada ele pôde ser transportado até São Paulo.
O problema pulmonar foi provocado pela quantidade de água que o vice-presidente reteve e o rim não deu conta de eliminar. A crise começou com tosse, seguida de falta de ar provocada pelo acúmulo de água no pulmão, dando a Alencar uma sensação de sufocamento/afogamento. Não houve qualquer consequência cardíaca. Mariza e os médicos do vice-presidente agora investigam o que pode ter provocado a crise. Alguma coisa salgada, que ele possa ter consumido fora de casa, em alguma reunião de trabalho, uma azeitona, um petisco, qualquer coisa que cause a retenção do sal.
Muito assustado, Alencar comentou depois que, pela primeira vez, desde o início do processo de sua doença, ele teve a real sensação da morte. E o Brasil continua a rezar por ele, que não dispensa as orações, ao contrário, elas lhe são muito bem-vindas. Que Deus lhe dê longa vida!