Não é papo meu, é o que eu tenho escutado em minhas conversas com o povo de teatro. Antonio Grassi tem conduzido a Funarte com sensibilidade, vontade de acertar e já contabiliza, nesse curto tempo de sua administração, vários programas dignos de aplausos, a começar pelo “fomento às artes em 2011”, com investimentos de mais de R$ 100 milhões na dança, no teatro, no circo, na música e nas artes visuais. Grassi emplacou um orçamento quase 50% superior ao do ano passado. E também vai lançar, até o fim de agosto, o Prêmio Myriam Muniz, de apoio ao teatro. Sem esquecer Prêmio Klauss Vianna de Dança e do Prêmio Carequinha de Estímulo ao Circo, cada um com investimento de R$ 4,5 milhões. E os R$ 1,9 milhão para o Programa Rede Nacional de Artes Visuais…
Grassi, em seis meses, faz na Funarte uma gestão digna de um ministério inteiro, mostrando conhecer bem a administração pública, trabalhando afinado com as várias secretarias do Ministério da Cultura e mantendo um excelente diálogo com a ministra Ana de Hollanda…
Gente, é programa que não acaba mais! Tem o programa Microprojetos Mais Cultura Rio São Francisco, investimento de R$ 16,2 milhões, com prêmios em dinheiro para projetos de pequenos produtores. Tem o projeto Brasil Memória das Artes, com patrocínio da Petrobras, que vai digitalizar e transformar em livro todo o acervo de Walter Pinto, um dos mais importantes empresários do teatro de revista. Tem os R$ 48 milhões dos Prêmios ProCultura. Lembrando também da retomada do projeto Mambembão, de excursão de montagens de teatro, e, o que mais tem encantado a todos: a reabertura do Teatro Dulcina…
Totalmente remodelado, o Dulcina reabre na próxima terça-feira, com o espetáculo Um brinde à Dulcina!, reunindo no palco as três divas top Bibi Ferreira, Nathália Timberg e Marília Pêra, todas interpretando Dulcina de Moraes, numa homenagem à grande atriz, diretora e empresária teatral. Outra estrela que participa da programação de reabertura do Teatro Dulcina é Fernanda Montenegro, de 19 a 21 de agosto, no monólogo Viver sem tempos mortos, compilação do pensamento de Simone de Beauvoir…
A reabertura do teatro para o público será na sexta-feira, dia 5, com a apresentação de Bibi in concert IV, em que a atriz conta histórias e interpreta canções de seus 70 anos de carreira. Dia 9 tem a ópera infanto-juvenil Fedegunda, de Karen Acioly. Dia 26, a Cia. Os Fodidos Privilegiados comemora seus 20 anos com a peça Uma festa privilegiada. A estreia sul-americana de Uma flauta mágica, espetáculo do inglês Peter Brook, dos maiores diretores do mundo, será lá no Dulcina, em setembro…
O Dulcina está uma tetéia. Foram R$ 2,3 milhões em reformas, que lhe devolveram o estilo art déco original, do projeto de 1935 quando ele se chamava Theatro Regina. A obra começou em agosto do ano passado, com recuperação de fachada, foyer, instalações do prédio e ar condicionado. Poltronas, camarins, balcões e frisas, palco, tudo novinho! Naquele teatro, se apresentaram algumas das mais importantes companhias do teatro nacional, como a Dulcina-Odilon, a Cia. Procópio Ferreira e a de Henriette Morineau. Ali, Vanda Lacerda teve seu desempenho memorável na peça Luz de gás, que lhe valeu vários prêmios…
Senhoras e Senhores, respeitável público, o Teatro Dulcina reabre suas cortinas de veludo vermelho, aplausos de pé!….
O Teatro Dulcina reformado
(Foto S. Castellano)