Acabo de receber, do escritor Sergio Fonta, autor da biografia do ator Rubens Corrêa para a coleção Aplauso, a seguinte manifestação sobre a discussão aberta aqui a respeito do nome a ser dado, pela Prefeitura do Rio, ao Teatro Ipanema. Confiram abaixo…
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Querida Hilde,
Primeiro de tudo, obrigadíssimo pela carinhosa referência ao meu livro em seu blog de hoje. Você é sempre um amor.
E que linda e oportuna sua nota sobre o Teatro Ipanema e sobre Rubens!
Quando ele morreu, por iniciativa de Ivan e Leyla, chegou a ser feita a mudança e, por um tempo, aquela casa histórica passou a chamar-se Teatro Rubens Corrêa. Depois voltou a ter o nome de Teatro Ipanema. Nosso amado Paulo Gracindo, inesquecível, merece todas as homenagens e poderia batizar todos os teatros do mundo. Já até foi nome de teatro em Petrópolis e, há pouco, deselegantemente, a própria Petrópolis caçou-lhe o nome, uma injustiça e uma descortesia sem fim. Paulo Gracindo é alguém para ser reverenciado pelo país inteiro. Mas o Ipanema é do Ipanema, é de Rubens Corrêa, que escreveu a história de sua vida dentro dele. Todos nós já sabíamos disso mas, quando mergulhei no universo rubeniano para escrever sua biografia, confirmei que isto era indelével e eterno. Ótimo que a Prefeitura compre aquele espaço e acenda a beleza de suas luzes, mas que seja sempre Teatro Ipanema, ou então que passe a ser de novo Teatro Rubens Corrêa e para sempre. E vai uma sugestão, não para o Prefeito, mas para Eike Batista: agora que ele fez desaparecer o Teatro Glória com sua reforma no hotel, mas prometeu dar um novo espaço teatral para a cidade, que tal este teatro prometido – e promessa é dívida – receber o nome de Teatro Paulo Gracindo? Esta, sim, seria uma homenagem justa e merecida para este ator tão querido de todos nós. Tenho certeza que o Brasil aplaudirá em cena aberta!
Um beijo
Sergio