Há três anos a casa estava fechada, restrita aos odores noturnos dos jasmins, que penetram pelas frestas. Foi preciso motivo especialíssimo para reabri-la, num tour de force de quatro dias, que incluiu faxina geral, conserto de trancas, troca de lâmpadas e outras providências necessárias para fazer a casa voltar a respirar. Sem esquecer o óleo nas dobradiças das portas de ferro, que se abriram com dificuldade…
No belo dia do almoço, o universo conspirou a favor. O morro tijucano em frente, mais verde do que nunca. O jardim exuberante só faltava falar, em sua variedade de verdes e vermelhos, que iam até o arroxeado das buganvílias. Mais do que isso: todos estavam felizes! O cozinheiro, os funcionários da casa, o copeiro-mordomo dos 1001 instrumentos, motorista, seguranças, garçons – um staff animadíssimo por participar daquela “reanimação” da casa fechada, como se fizessem um boca-a-boca coletivo para ressuscitá-la…
Tão paparicada, mimada, chaleirada, a casa se abriu toda oferecida, abraçando a todos os convidados, em mesas dispostas ao redor da fonte. Acolhendo o buffet, posto pela equipe do Demar na sala de almoço com azulejos Art-nouveau, sobre toalha bordada em Portugal, pela Rose famosa. Repercutindo em seu teto abobadado todos os acordes do conjunto de sambinha muito bom, levado pelo engenheiro Luís Carneiro, um diletante do samba, que, a horas tantas, no embalo do sucesso musical que faziam, trocou a camisa pela vermelha do Flamengo…
Quem sabe sambar, sambou, como Pedrinho Aguinaga e Beth Winston; quem sabe dançar, dançou, como Heitor e Lilian Gurgulino, e quem sabe cantar bonito, como Dino Trapetti, atacou de Volare, ô, ô, depois do almoço, bem como, Giuseppe Sironi, com sua voz colorida de cantor erudito, deixou a todos de queixo caído com seu bel canto de canções italianas. Enquanto Ricardo Amaral dava baforadas em seu charuto e, do lado de fora, no pátio, espiava, pela janela…
Assim se passou a tarde, em torno do homenageado Dino Trapetti, que mais uma vez encerra temporada carioca para ir se enfronhar em Roma, no trabalho de seu Ateliê Tirelli (que acaba de somar mais um Oscar na sua prateleira de figurinos executados por ele, desta vez com o filme Alice no País das Maravilhas)…
As presenças, vocês vêem aí nas fotos. Grandes damas da música erudita, como Miriam Dauelsberg, da museologia, como Vera Tostes, do teatro, como Marília Pera, da dança, como Dalal Achcar, dos figurinos teatrais, como Beth Serpa, da alta gastronomia, como Beth Winston; da sociedade, como Angélique Chartouny, Mariza Coser, Belita Tamoyo, Maria Alice Pinho, Helena Pedrosa, Vania Badin; do mundo da Literatura, como Maria do Carmo Vilaça, do mundo da Educação, como Lilian Gurgulino, da celebração da vida, como Gisella Amaral, Giovanna Deodato e Giovanna Priolli. Com seus respectivos cavalheiros…
Fotos de Sebastião Marinho…
O casal Marília Pêra e Bruno Rossi com o homenageado Dino Trappetti
Mariza e Jair Coser
Lilian e Heitor Gurgulino
Helena Pedrosa, Dalal Achcar e Belita Tamoyo
Francis Bogossian, Beth Serpa e Beth Winston
Giovanna e Mario Priolli com o filho Rafael
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Hilde discursa para João Maurício, Vania, Maria Alice, Dalal, Marília, Dino, no jardim da Villa Paraíso, na Usina
Vera Tostes
Dino Trappetti, Marcos e Maria do Carmo Vilaça
O casal Maria Alice e João Mauricio de Araujo Pinho
O grupo de samba bom levado por Luís Carneiro…
Giovanna Deodato
Kleuber Pereira