O filme é uma aula de moda e também uma aula de vida…
Tão bom quanto o filme foi o bate-papo com Gaultier, Farida e Lagardère, depois da sessão. Elas falaram das dificuldades que enfrentaram como modelos por serem morenas, numa época em que o padrão da moda exigia mulheres brancas e celebraram Gaultier por ser um estilista que sempre se preocupou em quebrar tabus e romper com padrões e conceitos pré-estabelecidos. Rindo muito e fazendo piadas, Gaultier contou da sua parceria com Almodóvar em três filmes: Kika, A má educação e A pele que habito. E disse que, nos dias de hoje, paradoxalmente, existe menos liberdade para os criadores, não só na moda, como no cinema e na produção cultural como um todo. O poder econômico e o politicamente correto têm tirado a disposição e a coragem das pessoas para trabalharem a ousadia…
Jean-Paul Gaultier, em três tempos, na pré-estréia do filme sobre ele, esta noite, no Festival do Rio: com a diretora e sua ex-modelo, Farida, com Oscarito ao fundo e entre suas amigas e ex-modelos, Bethy Lagardère e Farida Khelfa
Fotos de Waldir Leite