A Arte e as Ciências não começam do zero. Elas têm uma memória que não pode ser desprezada.
Neste despertar de 2015, em que vemos, uma após outras, grandes divas de nossa cena adormecerem um sono sem fim, é bom lembrar que, não fossem os clubes, conselhos e instituições acadêmicas culturais e científicas, que se reúnem com a nobre missão de manter permanentemente acesa a tocha de nossa memória artística, cultural e científica, esse passado se extinguiria. Estaríamos condenados a começar do nada, da realização alguma, do eterno zero.
O Rio de Janeiro, por ter sido Capital do país, tem o privilégio de sediar as mais importantes instituições do gênero, que reunir em sua fundação os nomes mais ilustres. E essa tradição tem se mantido na composição dessas casas, para glória de nossas artes, de nossos saberes.
“Fundada em 12 de agosto de 1942, no Rio de Janeiro, por inspiração de Ataulfo de Paiva, a Academia Brasileira de Arte é uma instituição cultural sem fins lucrativos, congregando personalidades ligadas à Pintura, Escultura, Letras, Música, Teatro, Cinema, História e Crítica de Arte, Arquitetura, Patrimônio, Dança, Design, Fotografia, Moda e Colecionadores e Empreendedores Culturais”.
Assim diz o site http://www.academiabrasileiradearte.com.br/ que vocês todos podem acessar para melhor conhecerem a instituição, mais um desses bens preciosos a registrar a memória cultural de nosso país, reunindo entre seus 26 fundadores Alceu Amoroso Lima, Álvaro Moscoso, Augusto de Lima Junior, Eliseu Visconti, Francisco Braga, Gustavo Capanema, Heitor Villa-Lobos, José Carlos de Figueiredo Ferraz, Leopoldo Gottuzzo, Orozimbo Nonato, frei Pedro Sinzig, Rodrigo Mello Franco de Andrade, Rodrigo Octavio de Langgaard Menezes e Roquette-Pinto.
Como é tradição anual, a presidente da Academia Brasileira de Arte, Heloísa Aleixo Lustosa, reuniu os membros confrades para jantar de confraternização na bonita casa de sua filha, Eliane Lustosa, na Gávea.
Heloísa Lustosa, vocês sabem, é a presidente sempre lembrada da fase áurea do Museu Nacional de Belas Artes, quando multiplicou seus espaços e sua frequência, de modo extraordinário, trazendo para o Brasil mostras como Rodin, Monet, os grandes de Espanha e outras, que bateram todos os recordes de visitação da história dos museus nacionais. A vice-presidência da Academia Brasileira de Arte – ABA – também é ocupada por uma mulher, a grande da dança, Dalal Achcar.
O casal Fabio Frering e Eliane Lustosa, colecionadora de arte brasileira que não despreza a singela arte popular de Minas Gerais e de todo o Brasil
Jane Russo e o designer gráfico Victor Burton, considerado o maior capista do mercado editorial brasileiro
A arqueóloga Maria Beltão, o antiquário Paulo Roberto Barragat, tesoureiro da ABA, e o maestro Marlos Nobre
Um visual da mesa com pratas assinadas por grandes mestres do colecionador Barragat
O anjo barroco de prata de Bernini, preciosidade do antiquário Paulo Barragat
Heloísa Aleixo Lustosa e sua filha, Eliane, anitriãs do jantar
Mary Marinho com Mr. Samba, o saber do nosso carnaval, Haroldo Costa
Barragat e o longo Cavalli de Maria Beltrão
Lucia e o ensaista Patrick Meyer
Mary Marinho, Eliane Lustosa e Anna Bella Geyger
Paulo Barragat, colecionador de arte antiga, e Hildegard Angel, presidente do Instituto Zuzu Angel
Clelia e o acadêmico Mário Mendonça, considerado o maior artista brasileiro de arte sacra contemporânea, com quadros no Museu do Vaticano e em várias coleções e igrejas do mundo.
O escritor e dramaturgo Sergio Fonta e o escritor, ensaísta e historiador de temas culturais Sylvio Lago
Fotos Marcelo Borgongino
parabens Barragats e suas peças antigas belíssimas
Hilde querida, que bom ver você de volta, que bom estar com você na foto e, sobretudo, que matéria linda. Você consegue mostrar ao mesmo tempo erudição, cada vez mais rara no colunismo social, sem deixar de tanger a “mondanité”, esperada nesse setor do jornalismo. Gostaria de acrescentar ao seleto rol de Divas citadas você mesma, Diva vitoriosa de tantas batalhas… PARABÉNS SEMPRE !!!