Recife está um fervo, não confundir com um frevo…

Recife está um fervo. E não confundam com está um frevo, por favor. Mas está um frevo também. É que será entregue hoje, no encantador Teatro Santa Isabel, pela ministra Ana de Hollanda, a Ordem do Mérito Cultural. Sem Dilma, que cancelou presença. Mudanças na agenda. Os premiados se hospedam no Hotel Atlante Plaza, do Grupo Pontes, o mesmo dono do Mar Hotel, os dois cinco estrelas mais conceituados da cidade…

No lobby do hotel à beira mar, podemos esbarrar com monstros sagrados de nossa cultura, como Luiz Melodia, Antonio Nóbrega, Itala Nandi, Lygia Bojunga. Ou com herdeiros de memórias culturais que fizeram a nossa história, como a filha de Mario Lago, Graça, ou a sobrinha de Clarice Lispector ou a filha de Leila Diniz. E, sempre com sua elegância e o chapéu Panamá, o glorioso Antonio Pitanga, também premiado e com todo o mérito, 50 filmes, mais de 40 novelas e minisséries na carreira e um dos atores mais presentes na filmografia de Glauber

Pitanga recebe seu prêmio hoje à noite, atravessa a rua e passa rapidinho no Palácio das Princesas, ao lado do teatro, onde depois o governador Eduardo Campos recebe para jantar, e vai dormir cedo pois embarca às cinco da manhã para Porto Alegre, onde estreia peça de teatro. Trabalhador incansável, o ator Pitanga veio a Recife (onde também estou) sem sua Benedita, quase 1m90 de mulher, que chegou ontem da Califórnia, numa viagem anual de fé religiosa a uma congregação cujo pastor é seu irmão, e voltou de pernas encolhidas na classe econômica do avião, pois o preço da Business Class está impraticável para os comuns mortais: R$ 15 mil. Virou preço de First Class. Não é à toa que os Indignados estão marchando pelo mundo contra a opressão do dinheiro dos poderosos… e, eu acrescento, contra as pernas encolhidas nos voos (no caso de Benedita, seriam quase 19 horas, com todas as escalas)…

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