Por que não o Teatro Rubens Corrêa?

Leio com interesse que o prefeito Eduardo Paes pretende adquirir o Teatro Ipanema, que há tempos se encontra à venda, para homenagear o inesquecível ator Paulo Gracindo, dando seu nome à casa de espetáculos…

Sem querer, de forma alguma, contestar a iniciativa, mas, ao contrário, desejando acrescentar a ela, pondero aqui que, se é para prestar homenagem, seria muito mais válido dar ao Teatro Ipanema o nome de seu fundador, criador e, também, aquele que durante algumas décadas protagonizou ali espetáculos belíssimos, com suas interpretações magistrais: o notável ator Rubens Corrêa! Ele não fez muita televisão, aliás, foram até poucas novelas, porque era, essencial e principalmente, um homem de teatro, um bicho de cena. Rubens era puro palco. Bastavam ele e um refletor para transportar a plateia lotada para os mais diversos mundos, nas asas da emoção, de seu talento extraordinário. Uma vida inteira dedicada ao teatro, lançando e projetando grande autores, ótimos atores (como José Wilker) e formando plateias…

O saudoso Rubens, que recentemente virou livro (livro ótimo, de Sérgio Fonta), da série Aplauso, merece, deve e precisa ser um teatro: o Teatro Rubens Corrêa. Melhor ainda se for naquele local em que ele, diariamente, professou sua fé, fazendo do palco um altar de culto permanente ao deus da cena, Dionísio

Mas não vamos deixar o grande Paulo Gracindo sem sua merecida homenagem. Que tal batizar com seu nome a sala de espetáculos do Espaço Cultural Sérgio Porto, que simplesmente não tem nome? Ele é identificado apenas como Teatro Principal, enquanto as duas galerias daquele Espaço Cultural do município ambas têm nome, e um ótimo nome: são chamadas Galerias Marcantonio Vilaça. Seria, então, o Teatro Paulo Gracindo, um belo teatro, aliás, com lotação de 130 lugares…

E todo mundo ficaria contente…

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