O amor perfeito de Paloma e Tiago contado em 2 capítulos, mostrado em 2 olhares… Espetacular!

Um casamento tão inspirador que vou contá-lo sob dois olhares. Na verdade, quatro olhares.

Neste post, através da visão traquejada de Claudia Niedzielski, acostumada a ver e a identificar a beleza, onde quer que ela se apresente, em qualquer ambiente internacional, e em grande estilo.

É dela o ensaio fotográfico abaixo. No próximo post, os quadros com fotos são assinados pela trinca Sergio Grief, Lucas Moraes e Pedro Ariel.

Foi no Solar Real, em Santa Teresa. A casa guarda a sofisticação de seus proprietários originais, os De Botton, família proprietária da antiga Mesbla. Vendida, transformou-se em um dos mais exclusivos espaços para festas do Rio de Janeiro. Desde o umbral com azulejos coloniais azuis e brancos, os portões de jacarandá, corria a passadeira vermelha sobre o piso antigo de pedras. Uma tenda foi armada para o livro das presenças, antes da subida até a casa. E isso sem contratempos, pois eram apenas 250 convidados.

Na minha frente, uma loura cinza-platinum de vestido de renda ouro velho com forro nude dobrava-se sobre a mesa escrevendo a dedicatória no livro. Foquei nos sapatos dela, de cetim vermelho, ponteira fininha, tanto quando os saltos muito altos, e laço chato e molengo enfeitando a gáspea. “Manolo Blahnick”, cravei em pensamento. Quando ela se virou para me passar a caneta, reconheci Baby Palhares. Pude então conferir que Baby é bonita até na letra.

Chegando ao cenário da festa, não me surpreendi. Sabia que seria uma experiência única, como foi. Afinal, que noiva tem um pai, o antiquário Arnaldo Danemberg, que, na véspera, poderia estacionar na porta dois caminhões de mudança lotados com antiguidades, francesas na maioria, sendo que entre elas uma farmácia neogótica que ele mandou buscar no Porto, em Portugal, e restaurou inteirinha, especialmente para servir de sala de doces ao casamento da filha?

E as Bergères francesas do século XIX, dispostas com elegância por várias salas? E os jogos de sofás Luís XV estofados com tal bom gosto? E os móveis antigos de ofício? Armários enormes de louça, portas de vidro. Armários de vestir, portas de madeira. Fragmentos de móveis e portas, dispostos pelo jardim, enfeitados com fitas e guirlandas, em madeiras nobres – pinho de riga, carvalho, vinhático, mogno. Lembrando mais uma cenografia de filme do que uma decoração de festa.

Fechei os olhos e me senti no castelo do príncipe di Salina, no “Leopardo” de Luchino Visconti, brincando de esconde-esconde com Alain Delon, de armário em armário, de quarto em quarto, naquele palácio sem fim, com móveis deslumbrantes todos.

Lu Kreimer ambientou de modo despojado e confortável. O elemento principal era o bem estar dos convidados – Bergères lindas para sentar não faltavam. Conforto dos pés e também dos olhos, pois, para onde nos virássemos, cada detalhe nos cativava. Como as guirlandas de flores vivas e secas ou os buquês de sempre-vivas, pendurados nos lustres de ponta cabeça.

Carla Baroncini fez seu cerimonial mover-se praticamente imperceptível, com o cuidado de, em momento algum, dar aos convidados a impressão de que estavam em um Congresso ou coisa assim (muitas vezes acontece). Nada de rádios intercomunicadores ou corre-corres. Muito menos crachás ostensivos ou qualquer símbolo de impessoalidade comercial. Um trabalho discreto e atento. Era uma festa em casa e todos nos sentíamos verdadeiramente num lar.

O amor perfeito foi a tônica. Eram amores perfeitos brancos, na grinalda, descendo pelos cabelos da noiva, cobrindo o decote em V de suas costas. Era amor perfeito poético, nas palavras do pastor presbiteriano Longuini, que citou poetas na sua preleção, de Drummond a Cecília Meirelles.

Depois, falaram os amigos dos noivos Paloma Danemberg e Tiago Alves Pinto. Disseram das peculiaridades de cada um. Da ave liberta que ela é, não se chamasse paloma, sempre resistente e defensiva em se tratando de uma entrega tão absoluta e libertadora como é amar. Assim como falaram na determinação e na sobriedade dele, Tiago. Disseram coisas francas e puras e lindas e certas.

Naquele arroubo de quem se descobre, de quem descobre a força de um sentimento em que tudo é possível, até mesmo se amarem para sempre, os noivos também falaram. Encantadores.

Não guardei as poesias do sacerdote, mas já que ele citou Cecília, pincei uma da autora que tem tudo a ver com aquela tarde enevoadamente bela…

“É difícil para os indecisos / É assustador para os medrosos / Avassalador para os apaixonados / Mas os vencedores no amor são os fortes / Os que sabem o que querem e querem o que tem! / Sonhar um sonho a dois, / e nunca desistir da busca de ser feliz, / é para poucos.”

À saída, como lembranças, os convidados receberam sacos de cânhamos fechados por laços de palha, guardando no interior pacote de sementes de… Amores Perfeitos gigantes de cor vermelha. Romântico, romantic, très, très romantique, helàs!

 No próximo post,  os convidados e os mais incríveis detalhes do casamento de Paloma e Tiago: beleza, refinamento, harmonia – 2º Ato:   http://ln.is/com.br/4H22y  

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 Ensaio fotográfico de Claudia Niedzielski 

 

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