Lembrando Betinho

Se há um nome brasileiro que merece e deve ser sempre lembrado é o do sociólogo Betinho. Vítima da repressão, ele se mobilizou contra a ditadura, e por isso precisou se exilar no Chile, onde assessorou Salvador Allende até ele ser deposto em 1973. Vítima da Aids, contraída numa transfusão de sangue, pois era hemofílico, ele se mobilizou criando e presidindo até a sua morte a Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids, em defesa dos direitos dos portadores do vírus. Ativista dos direitos humanos, criou o projeto Ação da Cidadania contra a Fome e pela Vida

Betinho também foi um dos fundadores, em 1981, do Ibase, Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas, ONG cujo objetivo tem sido a radicalização da democracia e a afirmação de uma cidadania ativa. Betinho foi um exemplo para todos nós, para jamais ser esquecido. Para celebrá-lo, Dulce Pandolfi organizou a exposição “Betinho e o Ibase”, sobre sua trajetória, como parte das comemorações dos 30 anos do Ibase. Ela pode ser visitada no Centro Cultural da Caixa, na Rua Almirante Barroso, 25, no Centro do Rio, aberta todos os dias das 10 às 21 hs, exceto segunda-feira…

Junto com a expo de Betinho acontece um ciclo de conferências e a mostra de filmes “Cinema é política”. Na próxima segunda-feira, das 18 às 20h, o tema da conferência será Cidadania e História, com o historiador José Murilo de Carvalho e a líder comunitária do Morro do Borel, Mônica Francisco, na mesma Caixa Cultural…

É uma bela dica. Consciência e conhecimento nunca são demais. A programação completa vai até 18 de setembro e está disponível no site www.ibase.br

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Betinho é “o irmão do Henfil” da música O bêbado e a equilibrista, de João Bosco e Aldir Blanc, gravada por Elis Regina

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