Falso moralismo

Não sou lá de concordar com frequência com as opiniões emitidas pelo jornal O Globo, mas hoje concordei em gênero, número e grau com o pequeno box de Opinião na página 3 do jornal, que diz, no segundo parágrafo, e eu transcrevo: “É falso moralismo combater o projeto (de reajuste de subsídios de deputados e senadores, ministros, presidente e vice) em função dos percentuais de aumento. O importante são os valores absolutos, condizentes com a importância dos cargos“.

É este, também, o meu pensamento. Por mais desmoralizados que possam estar alguns de nossos deputados e senadores, o Parlamento é maior do que isso tudo e como tal deve ser tratado. Sua importância lhe deve ser conferida inclusive em termos salariais. Acho não só hipócritas, como também inconsequentes, alguns movimentos desmoralizantes em torno de nosso Congresso quando são feitos a qualquer pretexto. Como, agora, este abaixo-assinado inócuo contra o aumento dos salários. Muitas vezes, tratam-se de orquestrações de espertos da mídia, que sabem que, com isso, alcançarão eco e ressonância junto à vox populi, já cansada de tantos escândalos políticos…

Vejo hoje, por exemplo, no Twitter, o Marcelo Tas, a pretexto desse aumento salarial, defender “cheio de moral” aquela sua piada tola de que o Bope precisa “dar uma geral no Congresso Nacional”. Não podemos perder o foco de que estamos num regime democrático, e que este, mesmo com todas as suas imperfeições, deve ser prestigiado…

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