Eis a verdade sobre a sucessão de Alquéres na ACRJ

Apesar dos rumores, ventilados aqui, dando conta de que Ronaldo Cézar Coelho será o próximo presidente da Associação Comercial do Rio De Janeiro, sucedendo o atual, José Luiz Alquéres, o destino não tem atuado a favor dele. Trabalha contra Coelho o fato de ser politico, da cúpula do PSDB, para cujas campanhas presidenciais disponibiliza seus aviões, enquanto a Associação é apolítica, precisa dialogar com qualquer governo. Além disso, Ronaldo, que é vice de Alquéres e teria o apoio do influente presidente do Conselho da casa, Humberto Mota, encontrou muita resistência no próprio Conselho, devido ao seu pouco tempo na Associação…

Ronaldo entrou com Alquéres e é dos mais recentes membros do Conselho Superior, de onde saem os presidentes. Pesou negativamente, porém, o fato de que, quando membro do Conselho Diretor, pouco aparecia por lá. O que foi lembrado pela “memória do Conselho”, o conselheiro Aristóteles Drummond, também enfatizando as grandes qualidades pessoais e o sucesso empresarial do ex-deputado Constituinte, muito bem avaliado pelo Dieese

Ari, que sempre ilustra suas reflexões com uma história, lembrou aos conselheiros que o também constituinte Roberto Campos esperava um zero do Dieese, por suas posições à direita e pró-empresariado, e, quando viu que tirou dois, ficou preocupadissimo e foi se informar. Soube, então, que era por não ter comparecido a três votações. A ausência lhe valeu nota mais alta!…

Em seu trabalho como deputado constituinte, acentuou Aristóteles, Ronaldo Cézar empolgou-se com as teses esquerdistas da época e lutou contra o “centrão”, o que de fato não combinaria bem com a liderança da entidade, que defende os interesses empresariais e o aperfeiçoamento do capitalismo, não do socialismo…

(Aqui, uma pausa da colunista para apenas refletir que o eterno conflito direita x esquerda, já considerado superado, continua a nortear as grandes decisões neste país)…

Por tudo isso, o futuro presidente da ACRJ deverá ser Antenor de Barros Leal, presidente executivo do Grupo Pena Branca – moinho e avicultura, entre outros negócios – com 30 anos de atividade na entidade e cerca de 15 como vice da Firjan, de onde saiu com Artur Donato

Antenor atua na casa e tem apoio dos conselheiros-eleitores com militância na entidade, como Theophilo de Azeredo Santos, o vice de Alquéres, Aristoteles Drummond, e toda a “velha guarda”. O empresário também com larga tradição na Casa de Mauá, Marco Polo Moreira Leite, teve seu nome ventilado, mas o mais possivel é que venha a ser o primeiro-vice de Antenor, que a esta altura já reúne a maioria…

E mais: Antenor é o único que já formalizou a sua candidatura!…

Para vocês sentirem firmeza nessas informações, informo que elas me foram passadas por um diretor da casa desde 1968, designado pelo saudoso Antonio Carlos Osório e depois eleito com Rui Gomes de Almeida, e que desde 2000 é vice-presidente e benemérito. Foi vice de Sendas, de Marcílio, de Olavo e agora é de Alquéres. Além disso, ele é um dos 63 membros que votam para Presidente da entidade. Seu nome vocês já adivinharam, não é, meus amores? É o Aristóteles Drummond, que não só não se esconde atrás das informações que dá, como também faz até gosto e questão de assumir aquelas que deu…

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.