Marco Aurélio Garcia, a quem se atribui o sucesso na orientação da Política Externa do ex-presidente Lula, fazendo dele Chefe de Estado respeitado pelos demais líderes internacionais (“Você é o Cara!” – lembram?), cunhou semana passada uma frase que há de brilhar e fazer pensar nas rodas da intelligentzia brasileira neste verão:
“Um estrangeiro que chegasse aqui em 1968, durante a ditadura, fosse ao teatro, ao cinema, aos shows, às livraria, lesse os grandes articulistas, pensaria que estávamos num país de esquerda; enquanto hoje, um estrangeiro que chega e faz as mesmas coisas tem a nítida impressão de que estamos vivendo num país de extrema direita”.
A frase é perturbadora. Ela expressa uma dialética envenenda. como fazem alguns índios brasileiros poderíamos injetar esse veneno para purificar nosso sangue.
E assim nos curar da “mala sangre” que nos faz a grande mídia e outras paixões tristes.
Hildegard, você assistiu o filme “a grande beleza’ atualmente em cartaz? Se não assistiu , vá correndo. Fala do desencanto com os tempos atuais de maneira inteligente e divertida. Muita coisa para pensar.